SERÁ QUE O BRASIL ESTÁ MESMO EM BOAS MÃOS?
Quem viveu os dramáticos tempos da hiper inflação no Brasil sabe porque de tanto medo com a atual crise da nossa economia. Na semana passada, eu li, em diversos canais, algumas notícias como as que destaco aqui:
13/02/2015 09h03 -
"Economia brasileira ficou estagnada em 2014, segundo Serasa
Este é o pior resultado desde 2009, quando houve recuo de 0,3%.
Em dezembro, o PIB mensal da Serasa caiu 0,2%.
Mas a gente sabe que o crescimento da nossa economia foi zero e
se desconfia até que foi até pior, que houve um crescimento negativo.
13/02/2015 21h08 -
"Justiça hipoteca sede da Petrobras no Rio de Janeiro
Medida visa garantir o pagamento de dívida à refinaria Manguinhos.
Estatal foi condenada em dezembro a indenizar empresa por prejuízos.
(g1.globo.com/economia..)
E comenta-se que muitas outras ações vindo por aí, inclusive, de países estrangeiros, como Estados Unidos, por exemplo. Enquanto isso: Petrobras abre mão de cobrar dívida da Venezuela.
"Documentos inéditos da Petrobras aos quais o jornal O Estado de S. Paulo teve acesso mostram que a empresa abriu mão de penalidades que exigiriam da Venezuela o pagamento de uma dívida feita pelo Brasil para o projeto e o começo das obras na refinaria Abreu Lima, em Pernambuco. O acordo "de camaradas", segundo fontes da estatal, feito entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente da Venezuela Hugo Chávez deixou o Brasil com a missão de garantir, sozinho, investimentos de quase 20 bilhões de dólares".(veja.abril.com.br/economia..)
"Como o IBGE divulgou no final de agosto, a economia brasileira está oficialmente em recessão. Já são dois trimestres seguidos de encolhimento da economia, e é isso o que configura aquilo que os tecnocratas chamam eufemisticamente de "recessão técnica". Só que a real situação é ainda pior do que esses números sugerem.
"Comparando o segundo trimestre de 2014 com o segundo trimestre de 2013 — ou seja, comparando dois períodos iguais de anos consecutivos —, o encolhimento da economia foi de quase 1%." por Leandro Roque, domingo, 26 de outubro de 2014" ( www.misses.org.br )
Em Pernambuco, "O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), reconheceu que a situação financeira do Estado está "apertadíssima". Segundo ele, as dificuldades decorrentes dos ajustes fiscais anunciados pelo Governo Federal devem chegar R$ 1 bilhão/ano.
- "Estamos apertadíssimos. Na LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) estamos enquadrados em todos os indicadores. Não temos atraso de folha, fizemos o dever de casa. Cortamos, tiramos os excessos", disse o governador em entrevista ao jornal Valor Econômico publicada nesta sexta-feira (13). Ele também disse que a aliança com o PSDB nas últimas eleições foi feita de maneira pontual e que "que não há uma identificação" com a ideologia partidária tucana". (http://www.brasil247.com/...)
Com o resumo destas notícias, eu gostaria de chamar a atenção para a atual situação econômica do Brasil. Porque depois de ler e ouvir tantas reportagens comentando sobre a atual conjuntura do país, eu fico me perguntando o seguinte: será que as pessoas que administram o nosso país têm mesmo a competência necessária para o exercício dos cargos que ocupam? Será que por causa da vaidade e da sede de poder muitos não se candidatam aos cargos eletivos como os de Prefeitos, Governadores e Presidente da República, mesmo não sabendo administrar ou nada conhecendo da função e se deixam levar por opiniões de técnicos incompetentes ou nem sempre bem preparados e acabam causando enormes prejuízos ao país? Será que já não está na hora de se exigir qualificação para os que quiserem concorrer a cargos executivos? Não seria o caso de os candidatos apresentarem currículos que comprovem a sua experiência em administração, em economia e gestão pública? Eu gostaria de deixar uma pergunta para reflexão dos senhores: se você tivesse uma empresa, você contrataria uma pessoa sem experiência, que não apresentasse um currículo de qualidade para o exercício de um cargo de direção ou de Presidente em sua empresa?
No Brasil temos alguns exemplos de empreendedores bem sucedidos como Jorge Paulo Lemann, Jorge Gerdau, Abilio Diniz, João Carlos Paes Mendonça, etc. Esses são exemplos de pessoas que entendem de economia e administram suas empresas com tamanha responsabilidade. O Brasil tem sido o país que, cada vez mais, tenta se movimentar de acordo com a lógica do mundo globalizado e nesta condição precisamos de pessoas antenadas e preparadas para lidar com essa realidade. Temos na área financeira, por exemplo, o destaque de três banqueiros que aparecem na lista dos bem sucedidos: Amador Aguiar, do Bradesco; Olavo Setubal, do Itaú; e Walther Moreira Salles, do Unibanco. São pessoas que crescem trabalhando pelo melhor para as suas empresas. Mas, no caso da nossa Administração Pública, o que temos são pessoas sem competência para o exercício dos cargos que ocupam, normalmente por indicação, por influência política, essas coisas. Muitos assumem o cargo para retribuir o favorecimentos de empresas amigas através de licitações ilícitas, negociatas com empreiteiras, vantagens pessoais através do superfaturamento de mercadorias e obras públicas, distribuição de cargos a parentes e amigos, muitos inclusive sem nenhuma qualificação para o exercício.
Lamentavelmente esse é o cenário de horror que temos assistido ao longo de muitos anos de história no nosso país. A conclusão que eu chego é a seguinte: Ou entregamos a Administração do nosso país a pessoas competentes para administrá-lo, pessoas que conheçam do assunto e, por outro lado, que deixe a política para os representantes do povo na Câmara, uma Câmara atuante que fiscalize de verdade, que trabalhe para o povo, não para si mesma Uma Câmara que cobre mais ações dos Estados em benefício do povo, através da aprovação de leis mais duras e menos burocráticas e paternalistas aos governantes.
Precisamos fazer mudanças profundas nesse cenário. Façamos isso com urgência, ou seremos condenados a eterna condição de vítimas dessas políticas populistas, Chavistas, Maduristas, Lulistas e Dilmistas, cujo objetivo maior não é outro senão o de distribuir migalhas através de programas como bolsa-família, entre outros benefícios apenas eleitoreiros, que não visam melhorar a vida das pessoas, mas garantir o voto dos seus dependentes, como uma forma legal de se perpetuar no poder, juntamente com sua turma de aliados.
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