Por que, Senhor Presidente?

              É fato histórico e já virou tradição o tratamento desigual do Tribunal de Justiça para com os seus servidores.  Não há quem trabalhe ali e desconheça fatos que exemplificam perfeitamente certas condutas que  comprovam uma  profunda iniquidade e um  desequilíbrio na condução das políticas remuneratórias daquela casa de justiça, quando chega a hora de conceder os reajustes  previstos em lei aos seus servidores. 
    Como todos sabem, há sempre  um  interesse voraz  em satisfazer antes os anseios e as necessidades dos chamados Membros do Poder daquele Tribunal. Quantas e quantas vezes tivemos e ainda temos que suportar decisões que concedem aumentos e pagamentos de  verbas retroativas apenas  a eles.  Enquanto isso,  diversos pleitos são  negados  aos servidores por esse mesmo Tribunal, como a URV, por exemplo, a qual  todos os Juízes já   receberam sem qualquer controvérsia.
    Confesso que é muito difícil entender  e  muito pior ter que aceitar calado uma realidade  como essa. Não dá pra ficar indiferente, mesmo correndo o risco de sofrer retaliações. Eu poderia declinar aqui vários episódios de iniquidades praticadas quando o assunto é a repartição das verbas destinadas ao pagamento de  direitos dos servidores, que já amargam perdas na ordem de mais de trinta por centos em seus vencimentos.  Mas para eles parece não existir dificuldades financeiras do Estado.  Porque Se o Supremo aumenta os vencimentos de seus Ministros, um efeito cascata desencadeia  uma série de reajustes que ultrapassam, inclusive,  os limites estabelecidos pelo teto constitucional. 
          Agora, mais uma vez, temos mais uma prova da falta de respeito e de zelo com os seus  servidores por parte da direção do Tribunal de Justiça de Pernambuco. Um Plano de Progressão, que ano passado  foi apresentado pela própria Presidência da Casa,  para começar a vigorar a partir de janeiro deste ano, até agora não foi sequer enviado à Assembleia Legislativa para ser votado.  Mesmo diante das mobilizações feitas pela categoria, a direção do  Tribunal oferece apenas sua indiferença. 
             Já está mais do que na hora de nosso sindicato agir perante os órgãos competentes para cobrar  mais respeito  e mais dignidade   ao  Tribunal de Justiça de Pernambuco para com os seus milhares de  servidores,  que se sentem iludidos e decepcionados com promessas não cumpridas.  A desilusão diante da  falta de perspectiva  é tamanha. A falta de transparência nesse processo está chegando ao cúmulo do absurdo. Enquanto a Presidência se cala o servidor sofre com a ausência do diálogo e de uma explicação oficial da direção do Tribunal de Justiça de Pernambuco. Então, a pergunta que não quer calar: por que  o senhor está  fazendo isso com a gente, senhor Presidente? Por quê?





















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