Viagem à Morte é risco de Marte

                  Recentemente tivemos notícias  de que a Nasa, dentro do seu projeto de exploração do espaço,  tem planos audaciosos de enviar pessoas, verdadeiras cobaias humanas,  para o planeta vermelho (marte). Não nenhuma garantia de que a  missão será bem sucedida nem qualquer garantia de que as pessoas envolvidas nesta aventura irão sobreviver ou retornar.  desse projeto não sabemos muita coisa, apenas que  é um projeto ambicioso de colonização de outros planetas,  capitaneado pelos americanos.



                Muitos podem até considerar que isso significa um grande avanço tecnológico  para a humanidade. Muitos também até devem se sentir orgulhosos diante dessa evolução humana, que até  parece roteiro de um filme de ficção científica. Tudo muito bom, tudo muito  bonito, tudo muito coisa e tal, tudo muito bem. Agora é preciso se perguntar o que estará por trás de tudo isso? Você já imaginou por que a Nasa está tentando colonizar outros planetas?  Sim, porque todos nós sabemos que  os governos do mundo inteiro, há muito tempo, gastam bilhões e bilhões de dólares em pesquisas espaciais. Só para se ter uma ideia, apenas com esse dinheiro seria possível alimentar e matar a fome de toda a população do planeta, e com sobras. Isso sem contar com os gastos em armamentos bélicos. Para os governantes, esse gasto se justifica na medida em que as descobertas científicas  irão proporcionar uma melhoria na qualidade de vida das pessoas, como a  cura para diversas doenças, a partir do conhecimento de como o universo se processa. Porém, nem todas as coisas nos são reveladas.
                     Observando o estilo de vida e a organização social estabelecida desde o seu início neste planeta, verificamos que sempre existiu um imenso abismo entre ricos e pobres, o que vem se acentuando a cada década. E quando eu falo ricos não estou falando em qualquer um desses sortudos privilegiados que possuem  um carro, uma casa na cidade e outra na praia. Pode até ser que alguns "gatos pingados" desses tenham  uma boa condição de vida, comparada  com a grande maioria das pessoas, mas não estou me referido a esses inocentes. Quando falo rico me refiro aos dez por cento da população mundial que concentram  mais de cinquenta por cento de toda a riqueza produzida no planeta. São os chamados bilionários, "trilionários" da vida. São pessoas que a grande maioria jamais irá conhecer ou  ouvir falar seus nomes. Só para se ter uma ideia, são pessoas que podem desembolsar até trezentos milhões de dólares para  comprar apenas um quadro do pintor francês Paul Gauguin, como já aconteceu, por exemplo, e o comprador não quis ser identificado. Vale dizer que os quadros mais baratos comprados por essa gente custam em média vinte, trinta milhões de dólares. Quinhentos e oitenta mil reais eles gastam só com uma passagem para um simples passeio na espaçonave SpaceShip 2 prevista pela Nasa. E olha que muitos vão com a família.

               Agora, vocês acreditam mesmo que gente como essas vão tirar dinheiro do bolso para realizar algum investimento em pesquisas científicas, só porque estão preocupados com a melhoria da qualidade de vida do povo? A realidade, minha gente, é que a caridade é coisa de gente pobre. Pessoas como essas não jogam dinheiro fora nem costumam se procupar se tem gente se matando, morrendo de fome ou sofrendo na fila dos hospitais públicos por falta de atendimento médico. Gente como essas se preocupa  mesmo é em ganhar dinheiro,  mais e mais dinheiro. Então, por que eles estão gastando tanto, investindo em pesquisas espaciais aqui na terra? Eu diria que por pura vaidade, por puro egoísmo, como sempre,  pensando neles mesmos.
               Observem a situação aqui no nosso planeta. Observem a história da humanidade, os conflitos armados, as guerras que sempre representaram uma constante ameaça, a  bomba nuclear. Observem  a crise do mundo moderno, a possibilidade de haver escassez de alimento e de água cada vez mais acentuada, o aumento do consumo enquanto a produção de alimento é cada vez mais escassa. Observem a possibilidade de contaminação do ar por causa da poluição das indústrias e do aumento da temperatura por conta do efeito estufa. Observem a proliferação de vírus e  bactérias cada vez mais resistentes. Observem as ameaças  diante dos movimentos radicais, constituídos por grupos armados, como o famosos Estado Islâmico, entre outros. Observem as crises internacionais, a falência de muitos estados, a tomada do poder por governos autoritários que sempre causam  imensos prejuízos por conta da estatização do patrimônio privado. São riscos cada vez mais iminentes e concretos. Nada mais justo do que ampliar os horizontes como os antigos navegadores o fizeram: descobrir novos mundos para explorar.
                 Agora, vamos imaginar que tudo dê certo com a viagem para marte, que tudo saia conforme o planejado pela Nasa. Essa possibilidade é remota mas existe. Depois que esses bilionários investidores perceberem que podem viajar e montar alguma espécie de negócio em marte, e o caos  se instalar de vez neste planeta, quem você acha que terá preferência para viajar? Quem poderá comprar uma passagem para o planeta vermelho? Você? Eu? Ou você acha  que a ordem será primeiro mulheres e  crianças?   Não tenho a menor dúvida de que serão esses magnatas bilionários que terão acesso aos transportes que os conduzirão ao planeta marte. Certamente eles irão projetar um modelo de colonização aos moldes antigos, pois a experiência facilita a realização dos projetos. Certamente mandarão para lá pessoas condenadas, escravizadas, para serem obrigadas a trabalhar e a produzir riquezas para eles. Aliás, como já aconteceu com a colonização do nossos país.

                   Se tudo sair como o planejado  lá em marte, tudo será como dantes no quartel de Abrantes. Porque essa história nós já vimos acontecer antes. Lá estará o homem, essas criaturas dotadas de inteligência superior, únicos animais capazes de realizar uma façanha como essa, com uma cartilha pronta para ensinar como se escreve o beabá.  Isto é, manda quem pode, obedece quem tiver juízo.

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