Reencarnação: derradeira abordagem


          Na verdade, eu não criei  este blog para discutir religião. Primeiro, porque  dizem que religião não se discute; segundo, porque Jesus não é e nunca foi uma religião. O que é importante discutir aqui é se aqueles que se consideram cristãos estão verdadeiramente seguindo e cumprindo aquilo que foi ensinado e estabelecido por Cristo como uma condição si ne qua non para se entrar no Reino de Deus.
         Também, não tem este blog o interesse de defender  qualquer  religião ou ideologia. Apenas por questões didáticas, trarei à colação textos e matérias que porventura mantenham coerência com os princípios que defendo, independente de quem  seja o autor, sua religião ou  sua facção política.
          O objetivo  maior desse blog, como de fato fora dito, é servir de trincheira na luta contra a injustiça, a mentira e a hipocrisia, nos diversos campos das relações sociais.  Nessa forma de pensar,  os ensinamentos de Jesus terão sempre destaque e relevância, pois tentarei desmestificar certas interpretações,  de duvidosas intenções, que imperam há muitos anos em nossa sociedade.
          Tentarei acender a lamparina na mente das pessoas a fim de que todos se tornem  cristãos de verdade e se unam para o enfrentamento contra esse mal que tem nos causado tanto sofrimento, porque colocaram uma venda em nossos olhos e tentam nos impedir de retirá-la.
          Infelizmente, tive que abordar a questão da reencarnação e terei que enfrentá-la. Mas, quero pedir desculpas aos amigos que comungam  e creem que somos espíritos reencarnados pela forma contundente de minhas colocações. Às vezes, é necessário um solavanco mais forte para chamar a atenção de alguém.
          Comungamos do fato de sermos todos espíritos, contudo, as divergências surgem com relação não só à questão da reencrnação. O espiritismo se fundamenta em textos teoricamente psicografados, mas muitos não sabem de onde surgiu a palavra reencarnação. Na Bíblia não existe  qualquer referência, nem no Antigo nem no Novo Testamento ao termo reencarnação. Eu entendo que não há nenhuma necessidade para textos psicografados, pois basta ler o Novo Testamento, pois lá,  Jesus, melhor do que ninguém, já nos ensina suficientemente tudo o que precisamos saber para vivermos em paz e felizes. E não precisamos frequentar  qualquer religião para fazermos isso.  Esqueçam um pouco o Velho Testamento e  Leiam o Novo,  e confirmarão o que digo.
        Com relação à reencarnação, tratarei desse assunto aqui pela última vez, apenas para responder a uma mensagem de uma pessoa  que a defendia.  Perguntei-lhe  quem criou a teoria da reencarnação? Ela, como tantos que se dizem conhecedores da doutrina espírita respondeu, Allan Kardec. Resposta errada. Quem, na verdade, criou e defendeu a teoria da reencarnação pela primeira vez foi o filósofo Platão, há aproximadamente quatrocentos anos antes de Cristo.
        Bom, vamos lá. Durante algum tempo fiquei observando as pessoas e refletindo sobre o princípio da reencarnação e cheguei ao plano matemático. O que significa isso?  Imagine uma imensa área completamente plana. Agora, se for possível, imagine  que sobre esse mesmo plano sejam dispostos todas as figuras que represente cada um dos seres humanos, “encarnados e desencarnados”, que existiram e habitaram o nosso planeta ao longo de toda a história da humanidade. Imagine  você  sobrevoando sobre esse plano, começando esse voo a partir da base formada pelas mais de sete bilhões de pessoas que habitam o planeta nos dias de hoje. Escolha, a figura de alguém que esteja nessa base, que chamaremos hipoteticamente de João.  Continue voando como se estivesse indo na direção do passado. Seguindo a teoria da reencarnação, você deverá encontrar em algum lugar no tempo a encarnação anterior de João, certo?  Dando continuidade ao voo na mesma direção e recuando ainda mais no tempo, certamente vamos encontrar a outra encarnação de João, ok? Agora, imagine que você vai recuando outras pessoas do mesmo jeito, vá recuando,  recuando uma a uma. Você  vai perceber que no final desse voo a conta não vai bater, até porque a humanidade quase foi extinta, chegando  a ter pouquíssimos habitantes aqui no planeta, há cerca de 70 mil anos, após condições climáticas extremas. Então, nos resta apenas uma conclusão plausível: os espíritos vem de outros lugares, de outras dimensões.
        Espero que até aqui tudo tenha ficado muito claro. Considerando que os nossos espíritos estão vindo de outros planos para encarnar nos nossos corpos, nesse planeta que, diga-se de passagem, é quase invísível diante da imensidão que é o nosso universo, necesariamente nos deparamos com os  seguintes questionamentos: Por que e para quê?  Assim, chegamos às seguintes respostas: para evoluir e se aperfeiçoar. Imagine você, que Deus criou todo o universo e todos os espíritos para que encarnacem e reencarnem quantas vezes forem necessárias para que eles evoluam.
         Agora pensemos que, para essa evolução ser mais proveitosa e mais eficaz, foi preciso contruir uma sociedade do jeito que a conhecemos: cheia de injustiças, de hipócrisia, mentirosa, malévola, que imponha sofrimento uns aos outros, que escravize, que mate, que roube e que pratique  diversas crueldades. Que vão até ao estupro de crianças. Que seja criado um estado cheio de corrupção, de vaidades, de soberba, um estado que alimente as desigualdades entre as pessoas, os analfabetos, os sem tetos, os miseráveis moribundos, a depressão  e as drogas.  Por outro lado, os ricos, as mansões, os carrões, os aviões, os iates, as fazendas, os banqueiros, os magnatas podres de riquezas, que só andam de helicópteros pousando em helipontos, não tomando o menor conhecimento do que se passa aqui em baixo.
        Agora eu pergunto: como se pode evoluir  nessas condições? A teoria pregada pelo espiritismo prega o conformismo e induz as pessoas a acreditarem que tudo isso faz parte da expiação de cada uma delas. Essa teoria já não serve para justificar  nem resolver os problemas seculares encontrados no nosso mundo.
        Por isso, comecei a ler o Novo Testamento, o qual recomendo a todos, e compreendi que somente  Jesus, de fato, significa um caminho possível para a libertação de tudo isso e nos possibilita nascer de novo, em espírito, o que nos credenciará a entrar no Reino prometido.
       “E assim como aos homens está ordenado morrerem uma so vez, vindo depois o juízo” ( Hebreus 9.27 ).

Comentários

Paulo Casado disse…
Caro colega Edvaldo, te admiro pela tua inteligência e pela tua coragem. Gosto de pessoas que vão a luta, porque faço minha a frase de Martin Luther King: "O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons." Li o seu texto sobre a reencarnação, não costumo discutir religião, mas como se trata de um assunto filosófico e como a pessoa citada no seu texto se referia a mim, resolvi comentar. Não afirmei pra você que Alan Kardec havia criado a teoria da reencarnação, falei que havia criado o termo reencarnação, por isso não existe o termo na bíblia.
Na verdade, Allan Kardec criou apenas a palavra "reincarnation", na sua língua, o Francês, para denominar o processo das vidas sucessivas, que faz parte da cultura milenar dos povos orientais.

A doutrina das vidas sucessivas ou reencarnação é chamada também de Palingenesia, de duas palavras gregas, Palin, de novo, gênese, nascimento. Ela foi formulada desde a aurora da civilização na Índia.

Pitágoras foi o primeiro a introduzir na Grécia a doutrina dos renascimentos da alma que tinha conhecido em suas viagens no Egito e na Pérsia. Platão adotou a idéia pitagoriana da Palingenesia: "É certo que os vivos nascem dos mortos; que as almas dos mortos renascem ainda." (Phèdre)

A escola néo-platônica da Alexandria ensinava a reencarnação. Plotino, o primeiro de todos, a revê várias vezes no curso de suas Eneidas. É um dogma, disse ele, muito antigo e universalmente ensinado que, se a alma comete faltas, é condenada a expiá-las submetendo-se a punições nos infernos tenebrosos, depois do que é admitida a voltar em um novo corpo para recomeçar suas provas. "A providência de Deus, escreveu Plotino, assegura a cada um de nós a sorte que lhe convém e que é harmônica com seus antecedentes, segundo suas existências sucessivas."

Entre os romanos que adquiriram a maior parte de seus conhecimentos na Grécia, Virgílio exprime claramente a idéia da Palingenesia neste termos: " Todas as almas, ainda que por milhares de anos tenham retornado à roda desta existência (no Elísios ou no Tartaro), Deus as chama em numerosos enxames ao rio Léthé, a fim de que, privadas de recordações, revejam os lugares superiores e convexos e comecem a querer voltar ao corpo."

Os Gauleses acreditavam nas vidas sucessivas. César escreveu na Guerra de Gales: "Uma crença que eles buscam sempre estabelecer, é que as almas não perecem de forma alguma e que após a morte elas passam de um corpo para outro."

Em suas obras, o historiador Joseph relata que essa era a crença dos Fariseus. O Pe. Didon o confirma nestes termos, em sua "Vida de Jesus: "Então crê-se, entre o povo (judeu) e mesmo nas escolas, no retorno à vida da alma dos mortos." O sábio beneditino Dom Calmet se exprime assim em seus Comentário, sobre essa passagem das Escrituras: "Vários doutores judeus creem que as almas de Adão, Abraão, Phinées, animaram sucessivamente vários homens de sua nação." O Talmud ensina que a alma de Abel passou ao corpo de Seth e mais tarde ao de Moisés. O Zoar diz: "Todas as almas são submetidas às provas da transmigração" e a Cabala: "São os renascimentos que permitem aos homens se purificar."

Os judeus acreditavam que o retorno de Elias sobre a Terra devia preceder o do Messias. Isto porque, no Evangelho, quando seus discípulos perguntaram a Jesus se ele voltaria, Ele respondeu afirmativamente dizendo: "Elias já veio e não o reconheceram, mas eles lhe tem feito tudo o que havia sido predito." E seus discípulos compreenderam, diz o Evangelista, que era de João que lhes falava.

Um dia, Jesus perguntou a seus discípulos o que diziam dele no povo. Eles respondem: "Uns dizem que és João Batista; outros, Elias; outros Jeremias, ou qualquer um dos antigos profetas que vieram ao mundo." Jesus, longe de os dissuadir, como se eles estivessem falando coisas imaginárias, se contenta em acrescentar: " E vós, quem acreditam que sou?"

Pense nisso!
Unknown disse…
Caro, Paulo, a história da humanidade foi marcada, desde o príncípio pelas guerras. Os homens eram preparados para as grandes batalhas. Evidentemente, o medo da morte não poderia fazer parte dessa filosofia bélica. Era preciso se criar uma filosofia que incutisse nas mentes dos soldados, das suas famílias e do povo em geral, a ideia de que todos iriam reencarnar. Que a morte numa batalha seria um grande feito heroico, de modo que seria muito humilhante para as famílias dos soldados verem um dos seus guerreiros fugir de uma luta covardemente. Esse conceito, ao longo dos anos, foi tomando formas novas devido aos interesses envolvidos nas relações de poder.Como filosofia direcionada às relações humanas com os estados modernos, que se inspiraram no período clássico,temos a figura de Platão, como seu representante e expoente mais ilustre. Não fosse assim, seria desnecessária a vinda de Jesus ou, por outro lado, seria mentirosa as Escrituras que insistem em repertir que Ele foi enviado por Deus e que Ele, na verdade, trata-se do próprio Deus entre nós. Ou é uma coisa ou é outra. Nesse caso, não há como servir a dois senhores, querido Paulo. Obrigado por sua participação. Um grande abraço.
Paulo Casado disse…
Meu querido Edvaldo, desculpe-me se estou lhe contradizendo, não é essa a minha intenção, respeito todas as convicções, pois cada um tem sua verdade relativa, de acordo com sua condição. Só fiz o comentário para corrigir o equívoco a mim atribuído, quando você diz:
"Com relação à reencarnação, tratarei desse assunto aqui pela última vez, apenas para responder a uma mensagem de uma pessoa que a defendia. Pergunte quem criou a teoria da reencarnação? Ela, como tantos que se dizem conhecederes da doutrina espírita respondeu, Allan Kardec. Resposta errada. Quem, na verdade, criou e defendeu a teoria da reencarnação pela primeira vez foi o filósofo Platão, há aproximadamente quatrocentos anos antes de Cristo."
PORTANTO, não vou mais argumentar o que sei sobre a reencarnação, pois para mim não é uma crença, mas uma realidade. Só voltei pra deixar bem claro, o que já disse no meu comentário anterior: quando conversávamos sobre o assunto, a resposta que dei a sua indagação se referia ao termo reencarnação não a sua teoria que é milenar, Kardec passou a usar esse termo pela primeira vez com a publicação de O Livro dos Espíritos, em 18 de abril de 1857, que, por sinal, amanhã estará completando 155 anos. Obra essa que recomendo a toda humanidade, por sua riqueza de informações na área da ciência, filosofia e religião.
Como disse, respeitamos todas as crenças e convicções, essa é a postura da doutrina espírita e o nosso mestre é JESUS.
Unknown disse…
Querido Paulo, a diferença entre uma crença e outra é que Jesus não é apenas um mestre como a ciência espírita leva a crer. Nenhum outro profeta diz se o Filho de Deus entre nós e nenhum fez os milagres atribuidos ao Senhor. Poucos são aqueles que entendem os seus propósitos para este mundo: não há outro caminho, acredite Paulo. Eu não estaria aqui pregando isso se não fosse verdadeiro. Nesse texto que você comentou eu coloquei duas ciências exatas (a lógica e a matemática ) de maneira incontestável, onde se chega à conclusão de que a reencarnação é impossível nos termos como ela foi colocada pelo espiritismo tradicional. Só não enxerga quem não quer. Publiquei comentários sobre a Parábola do Semeador. Gostaria de ler seus comentários sobre ela. Um abraço.

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