União Pelo Brasil?



                 Nesse momento de profunda tristeza  e incomensurável dor, eu gostaria de expressar  as minhas condolências à família do ex-governador, Eduardo Campos, principalmente,  porque sabemos o quanto ele a amava e era amado por ela. É difícil não  pensar no sofrimento da sua mãe, de sua esposa, dos seus filhos, nos parentes e amigos que conviviam com ele. Sabemos que  palavras não bastam para acalentar tamanho sofrimento. Mas, espero que a família encontre  o apoio e o conforto necessários, e que consigam superar essa dor, que também é a dor de todos nós.
               Estou entre aqueles que foram pegos de surpresa diante de uma notícia tão estarrecedora e difícil de acreditar,  como esse acidente, ainda sem explicação, que ceifou a vida do meu candidato à Presidência da República.  Impossível  não reconhecer a presença  marcante e o líder que foi o Ex-governador, Eduardo Campos. Se antes todos o conheciam como o neto do Governador Miguel Arraes, hoje Eduardo Campos  se tornou  conhecido  como um grande político e um grande gestor. E por seus próprios méritos. Ao longo do tempo, com muito trabalho e dedicação, ele se tornou um grande destaque dentro de um cenário bastante competitivo, como é o caso do mundo político, chegando a ser reconhecido até internacionalmente. Não só pela sua capacidade administrativa, mas, sobretudo, pela sua capacidade de argumentação, de conciliação e de aglutinação. Fato que se comprova, pois nem mesmo os seus adversários políticos o atacavam com intenção de ferir sua reputação ou sua dignidade. Nem mesmo podiam  acusá-lo de corrupção, porque não era um político corrupto.
               Foi assim que comecei a enxergar no ex- Governador,  Eduardo Campos,  um político que fazia da política uma arte, uma arte  de realizar sonhos. Uma arte que o tornaria um  artista  magistral, um fenômeno nordestino,  principalmente  por sua capacidade  de agregar valores  e de apaziguar os conflitos  oriundos das  divergências por conta das diferenças de idealismos partidários.
            Mas, por outro lado, todos sabemos que política é uma atividade de risco. Aquele que pretende seguir uma carreira dentro da política deve estar preparado para os riscos que certamente irão correr. É preciso coragem para governar um país  tão extenso e cheios de adversidades como é o Brasil. Eduardo Campos  topou correr todos os riscos em  busca da realização de seus ideais. Entre esses ideais certamente  estava a luta pela melhoria da qualidade de vida do povo brasileiro, principalmente daquela população mais carente.  Porque ele acreditava que poderia fazer mais e melhor do que tem sido feito.
                 Então, que ele descanse em paz. Ele se foi, mas os seus ideais permanecem. Ideais que já estão consolidados no acordo celebrado entre ele, Marina Silva e todos os partidos que fazem parte da Chapa União pelo Brasil. Portanto, não consigo enxergar, nesse momento, um  nome mais qualificado para representar e defender esses ideais do que Marina Silva. Até porque ela decidiu ir para o PSB com o propósito de construir um novo Brasil, a partir de uma nova proposta consagrada entre o PSB e a Rede Sustentabilidade. Tenho apenas uma sugestão para ocupar o cargo de vice nessa chapa. Para mim, Eliana Calmon, ex-corregedora do CNJ,  seria um bom nome e bastante representativo.
                É assim que eu penso. Porque um país não se deve fazer apenas por um  homem, pois assim seria uma ditadura e não uma democracia. Um país se faz por ideais  formalizados  e consolidados em um programa  de  governo, reconhecido e aprovado pela maioria do seu povo.  Esse deve ser  o compromisso do partido e de todos os  coligados que fazem parte desta União.
                 Mas, seja como for, a coerência e os princípios  que nortearam a União não devem mudar. É  dessa forma que Eduardo Campos se fará presente: na luta pela realização dos ideais que ele  tanto sonhou, defendeu e assumiu o compromisso de implantá-los no país, caso fosse eleito Presidente. 
                 Jamais  iremos  desistir do Brasil.   

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