Por que escrevi sobre seu espírito é você?
Esse texto não é tão longo quanto o outro, então
resolvi disponibilizá-lo de uma só vez. Aquele
que tiver olhos e tempo disponível que o leia.
Como sabemos, há séculos o mundo
se encontra dividido em dois grandes lados: ocidental e
oriental. Na parte ocidental temos o
predomínio das religiões Cristãs, onde inegavelmente a Igreja Católica sempre deteve a
hegemonia e um grande poder. Do lado oriental, temos várias outras religiões, como
exemplos, temos o judaísmo, o budismo, o
islamismo, o induismo, etc. Cada lado mantém-se fiel às suas crenças e
tradições. Eu, depois de ser bombardeado durante a minha vida inteira por
pregações de algumas dessas religiões, sinto-me agora como se estivesse exatamente em
um dos pontos por onde passam o Meridiano de Greenwich. De uma forma ou de outra, todos
esses "ismos" comungam da mesma ideia de vida eterna após a passagem, apesar de não existir
consenso entre eles. Do lado dos cristãos, existem aqueles que acreditam no arrebatamento,
uns pregam a reencarnação e outros
pregam a ressurreição da carne. Por causa disso, convivemos com um secular processo
separatista, que rivaliza e nos conduz a conflitos religiosos.
Dizem que
religião não se discute, mas se foi dito que somos espíritos e que os corpos
físicos virarão pó ou imundície, e que para nada servem depois da morte, então,
qual o sentido de se insistir na pregação do arrebatamento ou da ressurreição
da carne? Cristo verdadeiramente ressucitou porque não era um produto da cópula
humana como todos nós. Ele foi enviado por Deus. Quanto à reencarnação, também não
faz sentido a pregação de que vivemos várias vidas em corpos diferentes e em
épocas diferentes para evoluirmos. Primeiro, porque não se verifica qualquer
evolução na humanidade, conforme se pode constatar ao longo de sua história.
Segundo, porque a reencarnação nos dá a ideia de um ciclo vicioso, senão
vejamos: numa determinada encarnação fomos brancos hostis ou pais violentos,
assim, optamos por reencarnar negros e filhos
rebeldes para que o pai, já em
uma outra encarnação possa evoluir com tais sofrimentos. Então, podemos
concluir que as cadeias criadas pelos homens, estão lotadas por brancos e ricos malvados de outras
encarnações? Não há sentido e nem necessidade para isso, pois na Casa
do Pai existem muitas moradas.
Apesar de existirem tantos "ismos" no mundo,
nossos espíritos precisam, a priori, apenas de dois mandamentos para iniciar uma
evolução concreta que nos personifiquem para sempre perante o reino espiritual:
amar ao seu Deus sobre todas as coisas e ao seu semelhante como a si mesmo.
Deus não criou o sofrimento para que aprendamos isso a duras penas. Esses dois
mandamentos estão presentes na grande maioria das religiões, o problema é que
suas pregações não passam dos limites dos muros dos seus templos.
É
curioso o fato de que, muitas vezes, por trás de inúmeras religiões sempre existem
espíritos iluminados. Contudo, nenhuma delas tem coragem de enfrentar e
acabar com esse milenar sistema de dominação e de exploração do povo por uma minoria de espertalhões
privilegiados e abastados. O Brasil, por exemplo, é considerado um dos países
mais cristãos do mundo, mas sempre foi e continua sendo um pais marcado pelas
injustiças sociais, pela corrupção, pela exploração, pela escravidão, pelas mentiras e pela hipocrisia.
Deus nos faz experimentar o
sentimento e o verdadeiro sabor da justiça, da verdade, do amor, da bondade, da
perseverança, da coragem, da esperança e da paz. São esses os sentimentos que
devem alimentar os nossos espíritos. Mas, os homens criaram contrapontos como a
injustiça, a mentira, o ódio, a maldade, a covardia, a preguiça, a desilusão e
a violência. Devido a tantas necessidades e
tantas adversidades encontradas no passado, esses contrapontos foram aos poucos se instalando no nosso DNA e se
perpetuando dentro de uma cadeia hereditária.
A
humanidade começou a sua história exatamente a partir da prática da violência,
do medo, das mentiras, das invasões, das matanças, das escravidões, dos
sacrifícios, das guerras, da implementação do terror e do sangue derramado. Os
nossos organismos, diante de uma realidade tão hostil e tão perversa, no seu
instinto de sobrevivência, foram passando por um processo de transformação e adaptação interior, criando
mecanismos de autodefesa. Primeiro, aumentaram a quantidade de famílias, unindo-se para se protegerem; segundo,
passaram a viver em bandos errantes e
aumentaram os níveis de egoísmo, em busca de defender os interesses do
seu grupo e enfrentar a crueldade dos seus adversários. Muitas vezes, criavam e
utilizavam armas mortais. Havia a busca
por um poder que garantisse a
subsistência do seu povo e, por conseguinte, a preservação de sua espécie.
Nos primórdios, a fé era muito mais intensa e importante, pois direcionava
a vida dos homens que não compreendiam e nem
sabiam controlar os fenômenos da natureza. Contudo, líderes mais espertinhos
passaram a utilizar a fé como uma forma de dominar o povo. Muitos abusos
foram cometidos ao longo dos anos e, por isso, o domínio da fé foi perdendo espaço para a racionalidade
humana, culminando na Idade Média. E foi assim que vários grupos, já apaixonados e dominados pelo poder e
pelas coisas que ele disponibiliza, passaram a subjulgar a grande maioria do
povo. Dominados pelo desejo dos prazeres
do mundo e de todas as coisas que só o poder poderia oferecer, iniciaram uma
escalada de violência na busca pela expansão do comando. Isso funciona mais ou
menos como um vício, em que todos sabemos
que faz tanto mal, mas não conseguimos largar. É muito difícil abrir mão de nossas
conquistas, ainda mais quando nos fazem acreditar que todos os bens que possuímos nos foi
dado por Deus. Que nós merecemos tudo o que temos. Na realidade, tudo passa por uma filosofia
maquiavélica e pela estrutura e
organização social implementada pelo próprio homem, desde épocas remotas, conforme seus interesses e suas
necessidades de conquista e preservação do poder em suas mãos, isso porque somos
apegados demais aos bens materiais que possuimos.
Qualquer religião será bem vinda, desde que pregue a prosperidade e a crença na responsabilidade de cada um pelo seu sucesso e pelo seu fracasso, conforme as regras impostas pelo poder. Tudo uma ideologia estrategicamente colocada pelo poder dominante. Isso nos tira o peso da consciência. Além de condenar, é claro, aqueles que tentarem tomar aquilo que nos pertence por direito. Dizem até que, se Cristo voltasse hoje para reinar e retirar o patrimônio dos ricos e repartir com os pobres, dificilmente ele seria uma unanimidade por aqui.
Qualquer religião será bem vinda, desde que pregue a prosperidade e a crença na responsabilidade de cada um pelo seu sucesso e pelo seu fracasso, conforme as regras impostas pelo poder. Tudo uma ideologia estrategicamente colocada pelo poder dominante. Isso nos tira o peso da consciência. Além de condenar, é claro, aqueles que tentarem tomar aquilo que nos pertence por direito. Dizem até que, se Cristo voltasse hoje para reinar e retirar o patrimônio dos ricos e repartir com os pobres, dificilmente ele seria uma unanimidade por aqui.
Percebendo que estamos caminhando na direção
de um imenso abismo, Deus nos ofereceu a oportunidade de conhecermos os seus ensinamentos, para que possamos
reconstruir um novo modelo social que garanta a preservação da espécie sem a
necessidade de tantas maldades, de
tantas mentiras, de tanta hipocrisia. Muitos conhecem seus ensinamentos, mas
poucos são capazes de efetivamente
praticá-los neste mundo.
Assim
como os músculos do corpo atrofiam por falta de exercício, o mesmo acontece
com o amor e a bondade. Se pudermos encontrar uma forma de acabar com o medo,
com tanta falta de confiança uns nos outros; se amarmos um pouco mais e controlarmos esse egoísmo e essa
sede pelo poder, quem sabe um dia não daremos início a uma grande revolução
espiritual, voltando a caminhar na direção do reino de Deus, ao invés de caminhar na direção do abismo?
“Ora,
o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus porque lhe parecem
loucura; e não pode entendê-las porque elas discernem espiritualmente.” (I Cor.
2:14)
A estrutura e a organização social, tal como a
conhecemos hoje, foi criada e estabelecida através da força de exércitos poderosos, mantida com a ajuda de líderes religiosos e, mais
recentemente, pela prática da filosofia maquiavélica. Somos nós que alimentamos
esse maldito sistema, mantendo e perpetrando
as diferenças sociais, entre tantos, o conceito de riqueza e pobreza, fazendo-nos acreditar que o sucesso e o fracasso é culpa de cada um. Será que o estado não tem nada a ver com os fracassos? Será que um pai de família não tem obrigações iguais para com todos os seus filhos? No estado, a luta sempre foi desigual. É como se um fusquinha tivese que competir com um carro de fórmula um. Algumas outras
religiões, alheias ao que acontece com o povo, ainda orientam e cuidam em conduzi-lo
ao conformismo, a esperar pelo reino pós morte. Muitos orientam que tudo isso que acontece por aqui faz
parte da expiação de cada um. Quem nunca
ouviu a seguinte frase: “Estou indo como Deus quer e consente”? Foi sempre assim: o povo induzido a acreditar
que tudo de ruim que lhe acontece é
fruto do seu destino ou da vontade de Deus e que, quanto a isso, não podemos fazer absolutamente nada para mudar essa realidade, a não ser
rezar, orar, fazer preces, etc.
Existem
diversas congregações religiosas pelo mundo a fora, e a maioria delas prega a paz, a salvação, o amor a Deus e o amor ao próximo como a si mesmo.
Contudo, muitas dessas religiões são rivais e alimentam um revanchismo sem sentido,
fazendo guerras em nome de Deus, mas nunca revelam suas contas bancárias. Os modernos fariseus se
apossaram do Cristo e se utilizam da
Bíblia como parte de uma artilharia apontada apenas na direção do povo humilde. Exaltam e pregam o
separatismo, o medo e a covardia. Apontam para os céus como se o povo não
tivesse direito a uma vida mais digna, aqui mesmo nessa terra. Muitos
discursos pregam o conformismo e o
sentimento separatista entre as pessoas,
por questões de diversas ordens. Os católicos, por exemplo, dizem que são a verdadeira
igreja cristã fundada por Pedro; os protestantes acusam os católicos de adorarem imagens e idolatrarem o
nome de Maria; os muçulmanos, os budistas, os indianistas, os judeus, etc. cada uma prega e exalta suas diferenças. Ao povo, cabe apenas se converter a uma religião e ouvir passivamente as suas pregações e, esperar por uma vida
melhor, lá nos céus,
é claro, depois de sua morte. O sistema procura “formar” pessoas como se todos fossem tijolos, todos
iguaizinhos, para serem utilizados em sua estrutura de iniquidades e de
mentiras
Culpam o demônio por tudo de ruim
que acontece no mundo e se fecham em suas redomas, cheios de opulência. Mas, não
foi o demônio que criou o céu e nem a terra. Não foi ele que criou
as montanhas e nem as cascatas de onde
emanam as águas límpidas que escorrem pelos rios. O capeta não criou as
matas virginais nem o homem e nem os animais que as habitam. Nós sim, criamos a poluíção, a serra elétrica e as
queimadas. Nós devastamos a mata atlântica e continuamos a destruir florestas
inteiras. Assoreamos os rios e matamos os peixes e os animais silvestres. Expulsamos populações indígenas de seus habitat por os causa da ganância. Nós espalhamos o terror e nos apossamos das terras indígenas.
O demônio
não criou o mar e nem o vento que assanha suas ondas, nem os peixes que o
habitam. Não criou o sol nem a lua e nem todas as estrelas que brilham no
infinito. Nós é que criamos os arpões,
os exércitos, as armas, as metralhadoras, os canhões, os carros blindados, as
guerras, os mísseis e a bomba atômica, entre tantas outras armas de natureza letal.
Nós criamos o separatismo entre as religiões, criamos os países, a escravidão, o medo, a covardia, o sofrimento e enxarcamos
a terra com sangue de inocentes.
Está escrito que a terra pertence aos
mansos e não aos insanos julgadores. As elites, que sempre estiveram nos
altos escalões do poder, por conseguinte, os
maiores responsáveis pelo
aumento e consolidação das injustiças
sociais ao longo dos séculos, continuam agindo como se nada de ruim
tivessem feito à humanidade.
A maioria dos religiosos se omite e prefere participar mesmo dos “grandes banquetes”, por isso, muitos caminham ao lado do poder. “Pois atam fardos pesados e difíceis de suportar, e os põem aos ombros dos homens; mas eles mesmos nem com o dedo querem movê-los.
"Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e de iniquidade”. "Fariseus, hipócritas". Palavras do Senhor.
A maioria dos religiosos se omite e prefere participar mesmo dos “grandes banquetes”, por isso, muitos caminham ao lado do poder. “Pois atam fardos pesados e difíceis de suportar, e os põem aos ombros dos homens; mas eles mesmos nem com o dedo querem movê-los.
"Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e de iniquidade”. "Fariseus, hipócritas". Palavras do Senhor.
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