O Primeiro ato a gente nunca esquece



            "O número de desembargadores do Judiciário estadual vai saltar de 39 para 42. Em votação unânime ontem pela manhã, em reunião extraordinária, a Corte decidiu acatar o projeto de Lei Complementar do presidente do Tribunal Judiciário de Pernambuco (TJPE), Jovaldo Nunes. A proposta, que segue agora para análise da Assembleia Legislativa, cria uma nova câmara fazendária para o estado.
            A mudança vai gerar uma despesa de R$ 1,4 milhão a mais para o tribunal em 2012, segundo informação do secretário de administração do TJPE , Leovegildo Mota. Cada novo desembargador terá uma assessoria técnica e gabinete. Para o assessor especial da Presidência, Carlos Moraes, a entrada de três membros na Casa não acarretará elevação de custos. “Analisemos o caso de um juiz de terceira entrância, por exemplo. Ele já é magistrado, não haverá necessidade da criação de um novo cargo, é só uma promoção, um pequeno acréscimo no salário”, explicou" (site do TJPE, em 21 de março de 2012).
          

             Com seus salários defasados, esse primeiro ato do atual presidente do tribunal de justiça de Pernambuco deve ser recebido com muito carinho e muito entusiasmo pelos servidores do TJPE, pois esclarece muita coisa. Um dos nomes certo que constará nessa lista, e que certamente será escolhido e empossado em um desses três novos cargos de desembargador, é o do Excelentíssimo Sr. Juiz de Direito da Comarca do Recife, Dr. Jorge Américo, ex-assessor dos dois últimos presidentes, o qual tem a “simpatia” de todos nós servidores, pelos seus "relevantes serviços prestados à categoria". Parabéns pela sua brilhante iniciativa, sr. Presidente Jovaldo.
            Esse ato, de tão cristalino e tão evidente que é, nem precisaria de motivação para que soubéssemos de antemão as razões de sua necesidade: “a celeridade processual”. Diante disso, não tenho a menor dúvida de que o projeto será aprovado e sancionado, com a maior rapidez possível.
            Não fosse o medo dessa falsa democracia em que vivemos, os servidores certamente iriam para a frente do Tribunal apaudir mais essa iniciativa nobre, que só demonstra e comprova a qualidade da preocupação e do zelo deste tribunal na condução da coisa pública.


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