De Onde Vem Tanta Violência?

           Semana passada, uma colega   me censurou porque  eu falei que das crenças religiosas também se origina a violência. Disse que eu estava equivocado. Tentei esclarecer que  em muitos casos de violência que  foram e ainda são praticadas no mundo, infelizmente, há origem em  crenças  e práticas religiosas. Como não dá para me aprofundar sobre esse assunto aqui, vou apenas por um  texto sucinto  que encontrei aqui na internet e que contém tudo o que gostaria de dizer hoje sobre esse assunto.

O FEUDALISMO E AS CRUZADAS

              
          O feudalismo surgiu na Europa logo após a queda do Império Romano. A grande quantidade de invasões bárbaras obrigou os nobres a  se refugiarem em cidades  do interior. Com  os nobres muitos camponeses e escravos, também fugiram com medo das invasões bárbaras.
         A palavra feudalismo origina-se dos feudos, que eram áreas rurais  divididas normalmente  entre aqueles que trabalham, aqueles  que lutam e aqueles  que rezam. Isto é, os escravos e os camponeses, A nobreza e o Clero. Essa era a base da população de um Feudo.
          Faziam parte do Clero aqueles que rezavam ( os sacerdotes, os padres, etc.). Os membros da Nobreza,  que  consistia na parte rica do feudo, decidiam praticamente tudo. Os camponeses e os escravos eram os que cultivavam os alimentos, algodão e animais, mas o dono da terra era o Senhor Feudal (“rei” do feudo), para o qual eles tinham que pagar certas quantias para que  continuassem utilizando as terras. Os camponeses, além de serem responsáveis por mexer com a terra, eram também quem defendia o feudo de ataques bárbaros.
          Com o fim das invasões dos bárbaros, a Europa do século XI passou a prosperar  através do comércio. Baseada na intensa religiosidade presente na sociedade feudal da época, a Igreja sempre defendia a participação dos fiéis na Guerra Santa, prometendo a eles recompensas divinas, como a salvação da alma e a vida eterna, através de sucessivas pregações.
         As cruzadas foram tropas ocidentais enviadas à Palestina para recuperarem a liberdade de acesso dos cristãos à Jerusalém. A guerra pela Terra Santa, que durou do século XI ao XIV, foi iniciada logo após o domínio dos turcos sobre os muçulmanos. Após domínio da região, os turcos passaram impedir ferozmente a peregrinação dos europeus, através da captura e do assassinato, de muitos peregrinos que visitavam o local unicamente pela fé.

           O Papa Urbano II, idealizador da Primeira Cruzada, realizou sua pregação durante o Concílio de Clermont rompida com a separação da Igreja no “Cisma do Oriente”. O Papa assim se dirigiu aos fiéis:   “Deixai os que outrora estavam acostumados a se baterem impiedosamente contra os fiéis, em guerras particulares, lutarem contra os infiéis. Deixai os que até aqui foram ladrões tornarem-se soldados. Deixai aqueles que outrora bateram contra seus irmãos e parentes lutarem agora contra os bárbaros como devem. Deixai os que outrora foram mercenários, a baixo soldo, receberem agora a recompensa eterna. Uma vez que a terra onde vós habitais, é demasiadamente pequena para a vossa grande população, tomai o caminho do Santo Sepulcro e arrebatai aquela terra à raça perversa e submetei-a a vós mesmos".
         Porém, muitos nobres passaram a encarar as expedições à Terra Santa como uma real possibilidade de ampliar seus domínios territoriais.
        Aliada a esta questão deve-se ressaltar que a sucessão da propriedade feudal estava fundamentada no direito de primogenitura. Esta norma estabelecia que, com a morte do proprietário, a terra deveria ser transmitida, por meio de herança, apenas ao filho primogênito. Aos demais filhos só restavam servir ao seu irmão mais velho, formando uma camada de "nobres despossuídos" , os quais viram nas Cruzadas  a possibilidade de conquistar territórios no Oriente.
        Mas, tanto a Cruzada Popular como a das Crianças foram fracassadas. Ambas tiveram um trágico fim, devido à falta de recursos que pudessem manter os peregrinos em sua longa marcha. Na
verdade, as crianças mal alcançaram a Terra Santa, pois a maioria morreu no caminho, de fome ou de frio. Alguns chegaram somente até a Itália, outros se dispersaram, e houve aqueles que foram sequestrados e escravizados pelos muçulmanos. Com os mendigos da Cruzada Popular não foi diferente. Embora tivessem alcançado a cidade de Constantinopla (sob péssimas condições), as autoridades bizantinas logo trataram de afastar aquele grupo de despossuídos. Para tanto, o bispo de Constantinopla incentivou os peregrinos a lutarem contra os infiéis da Ásia. O resultado não poderia ser outro: sem condições para enfrentar os fanáticos turcos seldjúcidas, os abnegados fiéis foram massacrados.  Além dessas, muitas outras  cruzadas oficialmente organizadas,  foram formadas e partiram em direção à Terra Santa.

FONTE:  1.( http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/cruzadas/)

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