O som da fé
Não. não sou um ateu. Definitivamente, não sou uma daquelas pessoas
que ficam pregando o fim do mundo por aí, até porque acredito que o fim do
mundo ainda está muito longe para acontecer. E digo que, nesse aspecto, não há
com o que se preocupar. Por enquanto.
Mas, venhamos e convenhamos: há certas coisas que é necessário ter
fé. Mas, qual o verdadeiro sentido da palavra fé?
“Disseram então os apóstolos
ao Senhor: Aumenta-nos a fé. Respondeu o Senhor: Se tivésseis fé como um grão
de mostarda, diríeis a esta amoreira: Desarraiga-te, e planta-te no mar; e ela
vos obedeceria.” – (Lucas 17.5,6)
Ora, todos nós sabemos que um grão de
mostarda é muito pequeno e que uma amoreira é grande e muito pesada. Por outro lado, quando imaginamos a fé,
pensamos em alguma coisa majestosa. Do tamanho da dignidade do Senhor. Nunca
algo comparado a um fruto tão pequenino. Porém,
por mais que uma pessoa tenha fé, não seria o bastante. Como
poderia transplantar uma árvore imensa, de
um local para outro, utilizando-se apenas da fé? Isso parece impossível para nós, seres humanos. Então, por que será que o Senhor afirmou
essas coisas?É evidente que essa discussão não pode ficar apenas nos limites dos muros das catedrais religiosas, pois que tudo diz respeito ao interesse de todo o povo. Afinal, o que significa ter fé? Será que o conceito de fé está necessariamente relacionado a alguma prática religiosa? Será que quanto mais religiosa for uma pessoa maior será a sua fé? Será que alguém pode comungar de uma determinada fé, de uma maneira difusa, sem que seja compelido a participar de uma determinada congregação religiosa?
Antes de dizer o que penso sobre essas questões, quero trazer alguns conceitos e comentários que encontrei sobre fé.
“Ter fé é crer firmemente em
algo, sem ter em mãos nenhuma evidência de que seja verdadeiro ou real o objeto
da crença. Este termo vem do grego
pi.stis, traduzido por confiança, firme convencimento. Assim, a palavra fé pode
ser entendida como acreditar, confiar. A fé não demanda provas materiais, pode
surgir sem nenhum motivo aparente, e estar
ligada a razões ideológicas, emocionais, religiosas, ou a outra razão
qualquer.” ( Ana Lucia Santana, /www.infoescola.com/).
“ A palavra "emuná", do
hebraico, com outros sentidos, como fidelidade, confiança, lealdade, etc, é
utilizada anteriormente ao livro de Habakuk 2:4, na Bíblia.”
“ A fé entra em nossos corações pelos
ouvidos, e não pelos olhos. Não é vendo que cremos, mas sim ouvindo. É claro,
precisamos entender que quando dizemos que a fé entra no coração pelos ouvidos,
e não pelos olhos, o que estamos realmente dizendo é que não podemos e não
devemos ver os fatos para crer neles, mas apenas tomar conhecimento sem ver,
para então termos fé. Como ouvirão, se não há quem pregue? Isto é básico e
bastante lógico, porque se não houver quem nos dê conhecimento dos fatos, como
poderemos tomar conhecimento deles?” (http://yaohushua.antares.com.br/)
“ Fé (do Latim fides, fidelidade) é a firme opinião de que algo é verdade, sem qualquer tipo de prova ou critério objetivo de
verificação, pela absoluta confiança que depositamos nesta idéia ou fonte de transmissão. (http://pt.wikipedia.org/ )
“Acreditar em algo com base na fé é
acreditar em algo sem ter razões que estabeleçam a sua verdade. Ao caracterizar
a fé, S. Tomás de Aquino (1225–1274) contrastou-a com a mera crença sem
conhecimento, por um lado, e com o conhecimento, por outro. A fé é semelhante à
mera crença sem conhecimento porque em ambos os casos não há razões que
estabeleçam a verdade daquilo que acreditamos. Mas a fé é também semelhante ao
conhecimento porque envolve uma convicção muito forte da nossa parte. Ter fé em
algo implica também um elevado grau de convicção. Por exemplo, acreditar que
Deus existe com base na fé é ter uma convicção praticamente inabalável na sua
existência.
Há harmonia ou conflito entre a
razão e a fé? Há dois tipos de respostas a este problema: o fideísmo, na versão
mais radical de Søren Kierkegaard (1813-1855), ou nas versões mais moderadas de
William James (1842-1910) e Blaise Pascal (1623-1662); e a teologia natural,
defendida por autores como Tomás de Aquino. O fideísta radical defende que a
razão e a fé nos dão conclusões opostas sobre a existência de Deus, mas tanto
pior para a razão: a fé é que conta. O fideísta moderado defende que a razão
não dá uma resposta conclusiva quanto à existência de Deus, pelo que podemos
aceitá-la por fé apenas. E os teólogos naturais, como Tomás de Aquino, defendem
que há total harmonia entre razão e fé, podendo a razão provar que Deus existe,
mas não outros aspectos da natureza de Deus, como vimos. A posição simétrica ao
fideísmo é o ateísmo: dado que a razão não permite concluir que Deus existe,
tanto pior para a fé. “ (http://dererummundi.blogspot.com.br/).
Através da fé, nos desvencilhamos
do mundo predominatemente materialista
e nos aproximamos do mundo espiritualista. Na medida em que vamos nos
aproximando dessa energia cósmica espiritual, disponível a qualquer um,
independente de sua religião, vamos adquirindo
uma força sobrenatural.
De acordo com a passagem bíblica
em destaque, Jesus fez uma relação entre energia cinética e a massa de um corpo. No nosso plano, os corpos físicos se movem
através de uma força que atua sobre ele.
Assim, para a física, a
força representa qualquer ação ou influência que possa alterar o estado de
movimento ou de repouso de um corpo. Significa que uma força pode dar
aceleração a um corpo, modificando a velocidade, a direção ou o sentido do seu
movimento.
Força
dinâmica é aquela em que se verifica uma superação da
resistência (peso). Na
natureza, para além da força mecânica, existem ainda as chamadas forças à
distância que estão associadas às interações gravítica, eléctrica, magnética,
etc.
Nesse sentido, tudo nos parece insano. Parece impossível para qualquer ser humano que a fé
seja uma força capaz de movimentar um corpo. Mas é verdade. A fé é uma energia
super poderosa. É uma energia muito acima da compreensão humana. O problema é que não
prestamos bem atenção nas coisas que foram ditas pelo Senhor. Pois, se não
temos sequer uma fé do tamanho de um grão de mostarda, como iremos
compreendê-lo?Existem pessoas que são um poço de maldades. Que representam o próprio egoísmo ambulante. Caminham pelas ruas como se estivessem acima dos outros. E dizem “tenho fé em Deus que esse me paga. Tenho fé em Deus que um dia vejo essa no chão. Tenho fé em Deus que ainda compro um carro desses. Essa maneira de usar a fé só traz desequilíbrio espiritual e psiquico. Por conseguinte, muitas doenças orgânicas e sofrimentos físicos. Para usar a fé é preciso , antes, equilíbrio e aprender a ouvir o seu som. Pois na natureza tudo gira em torno de energia e toda energia tem um som. Mas é preciso desenvolver a capacidade de ouví-lo. Você é energia. Por isso, sugiro que aprenda a ouvir o som de si mesmo, antes de tentar ouvir o som da fé. Deus Seja Louvado.
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