A verdadeira energia poderosa

         “ O homem não deve confundir vontade de Deus com dese­jo pessoal; querer, com direção do Espírito”. ( Chaim Mesquit ).


             Sofremos por culpa das nossas próprias atitudes. Sofremos, também, por causa da dificuldade que ainda temos em aceitar as nossas limitações nessa vida. Diante da grandeza e do poder das energias constantes no universo, somos pequenos demais.  Por essa razão, sentimos dores que vão além dos nossos limites físicos. Doi lá no fundo da alma. Tristeza, melancolia e luto são formas de exteriorização do sofrimento humano.
            Sofremos,  muitas vezes,  quando sentimos  alguma sensação de perda.  E por mais que alimentemos a ilusão de que somos criaturas  superiores aos demais seres existentes na terra, em momentos assim,  temos que reconhecer a nossa fraqueza e a  nossa  pouca fé. Sorrateiramente, as circunstâncias vão nos conduzido para crenças que possam, de alguma maneira, aliviar a intensidade das nossas angústias e esclarecer as nossas incertezas. Exatamente porque são nessas horas que percebemos o quanto precisamos contar com o apoio, com a solidariedade e com o aconchego dos nossos semelhantes.  Pois é sempre mais fácil suportar uma dor  quando podemos contar com a solidariedade dos nossos amigos. Precisamos uns dos outros para o enfrentamento das nossas adversidades. Mas, por que Deus haveria de  nos criar tão dependentes  dessa maneira?
              Eu fico só imaginando o feto ainda na barriga de sua genitora.  Já adaptado ao ambiente e acostumado a viver  ali, quietinho, ocupando um lugar preparado exclusivamente para ele. Raramente esse espaço é dividido com outrem.  Até que um belo dia, de repente, alguém invade a sua privacidade e o força a  desocupar aquele pequeno espaço,  que por nove meses foi  a sua moradia. Não adianta chorar pequeno ser, pois a partir de agora, você fará parte desde mundo e será  tratado como bebê.  Perceberá também  que existem outros seres além de você, e  terá que aprender a conviver com seus semelhantes em um útero  bem maior, e que será o seu novo lar por algum tempo:  o planeta terra.
              Todo bebê já nasce dependente de atenção. Sem o amor, sem o carinho e sem os cuidados das  pessoas que o cercam, o bebê simplesmente não sobreviveria por muito tempo. A nossa grande mãe natureza é sábia,  e  certamente  não nascemos bebê por acaso. Como disse antes, se Deus quisesse que  vivêssemos sozinhos, sem compartilhar o mesmo espaço com outras pessoas, Ele teria construído um planeta inteiro para cada um de nós. O universo é bastante imenso para isso.
              A grande maioria das pessoas  parece não aceitar  que  essa dependência seja mesmo recíproca e insiste no modelo cruel de exploração de muitos por uma minoria.  Ouvimos tanto se dizer que o mundo pertence aos mais fortes, aos mais inteligentes e aos mais espertos. Infelizmente, esse pensamento só têm semeado iniquidades, injustiças, revoltas e violência pelo mundo inteiro. Muitos ainda  procuram se  omitir e fugir de  suas responsabilidades diante do caos social instalado no mundo. Pregam mentiras que alimentam a ilusão de que tudo de ruim que acontece na vida de cada um  é  de sua inteira  responsabilidade. Pois, as bênçãos  divinas significam o merecimento de ter uma vida cheia de opulência. É dessa maneira que as pessoas  procuram justificar o injustificável. Por isso, tantos abusos  foram e continuam sendo cometidos uns contra os outros.
               Muita gente acredita que seja  realmente culpa de seu destino  e que os sofrimentos são dívidas oriundas de vidas passadas. Um Karma.  Outras crenças  pregam que tudo acontece por causa da pouca fé ou da influência de alguma entidade  maligna. Dizem que essas tais entidades se apossam de nossas almas, de nossas  mentes, das nossas vontades, levando-nos a cometer  desatinos.   É numa coisa invisível, um ser teoricamente dotado de enorme poder de influência que muitos acreditam e poem a culpa por seus erros. Dessa forma, os seguidores  dessa crença  conseguem eximir-se de suas responsabilidades, depositando a as razões do  sofrimento humano em deuses invisíveis e humanizados. Será  mesmo desses seres de outro mundo a culpa e a responsabilidade  pela existência das  desigualdades sociais, da fome e da miséria? Também responsabilizam essas entidades malévolas pela existência da corrupção generalizada, pela falta de educação do povo, pelo tratamento discriminatório e pela deprimente situação do sistema de saúde do nosso país.
                Por causa de tantos  crimes cometidos contra a humanidade, desde épocas remotas,  muitas religiões continuam pregando que Deus foi o responsável pela criação desse ser perverso, apenas para nos deixar uma alternativa: entre amá-Lo ou, simplesmente  odiá-Lo e seguir o tal coisa ruim. No final, aqueles que espontaneamente optarem pelo Criador serão os salvos. Os que optarem pelo coisa ruim serão aniquilados e jogados no fogo do inferno. Contudo, o que muita gente  não percebe é que, seguindo essa linha de raciocínio, o referido senhor do mal, quando for definitivamente eliminado,  as coisas retornarão  ao mesmo ponto de partida. Voltaremos a ter o mesmo problema inicial: a existência de apenas uma única opção- Deus. Será que Ele vai ter que criar  novamente outro ser maligno para disputar o nosso amor?
               Em verdade, digo que dependemos um do outro porque precisamos praticar o exercício da solidariedade, da caridade, da compaixão e do respeito mútuo. Precisamos um do outro, não para explorar  nem para tirar proveito da ingenuidade de algumas pessoas. É preciso despertar em cada um o senso de justiça e a capacidade de amar e de ser amado. De compartilhar conquistas e construir juntos a verdadeira  paz entre  todos os povos. Independente da cor, da raça, do sexo ou da religião.  Quero evidenciar, caros amigos,   que  pensar e  agir de maneira diferente de tudo o quanto o Senhor veio  nos  ensinar,  só nos trará consequências cada vez mais dolorosas e amargas.
              Chegará um dia em que de nada adiantará por a culpa dos nossos erros em criaturas invisíveis. Pois, ainda que continuemos alimentando a crença de que exista mesmo essa energia malévola, devemos nos lembrar, antes, que Deus nos deixou o poder do amor, uma energia suficientemente poderosa o bastante para combater e destruir qualquer energia negativa que possa vir desse tal inimigo oculto, que tanto nos atormenta. Basta querer utilizá-la.
               Agora peço a todos que assistam ao vídeo a seguir. Pois ele tem tudo a ver com a próxima etapa do nosso texto. Até o próximo sábado.

             

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