O que a humanidade tem feito de bom com suas crenças?
Tá legal. Então, fica combinado que Deus é fiel, que Deus é amor e que Ele é misericordioso. Não se
discute mais que Deus, em sua grande
sabedoria e poder, criou o céu, criou a terra e descansou no sétimo dia, depois de
haver criado o homem. Vamos combinar
que Deus criou mesmo todo esse universo (o
mundo) e nos presenteou porque somos
todos seus filhos, criados a sua imagem e semelhança. Que Assim como todo bom pai, Deus existe para nos servir e atender aos nossos anseios e pedidos. E, finalmente, que o povo judeu, esse povo tão especial, seja mesmo o povo escolhido por Ele. Vamos asseverar, sem qualquer contestação,
que somos mesmo todos irmãos
como se costuma ouvir pelo mundo a fora.
Ponto final e não se discute mais essas questões.
Agora, crente de todas essas coisas, eu só gostaria
de pedir a todos que reflitam sobre o que nós, enquanto seres humanos, enquanto criaturas de Deus, estamos fazendo para merecer tudo aquilo que nos
foi concedido? O que nós seres humanos, criaturas divinas, com vocação
para a eternidade, estamos fazendo uns em
benefício dos outros? Qual a destinação social que temos dado a
todo esse acervo de fé e de esperança que afirmamos ter? O que, em verdade, de concreto, resulta de nossas crenças e ações?
Será que não estamos induzindo a humanidade a caminhar os nossos
caminhos sem saber para onde estamos caminhando? Olhando nos olhos de cada um, eu também gostaria de perguntar o
seguinte: quando é que a humanidade passará do primeiro estágio da chamada evolução? Até quando vamos ficar falando, falando,
falando, repetindo amiúde frases e textos antigos, escritos por pessoas que nem
sequer sabemos quem foram, enaltecendo a história de um povo? Será porque
devamos imitá-lo? Até quando ficaremos
assistindo o tempo passar, caminhando na
direção do nada ou quem sabe do caos? Sim, porque se formos mesmo considerar, ao pé da letra, observando a maneira de como a nossa sociedade
se organizou desde sua formação, inevitavelmente, chegaremos à triste conclusão de que todas essas crenças não nos tem servido para
tornar o mundo melhor, mais justo e mais equânime.
Porque será que, mesmo depois de passados
mais de seis mil anos da criação ( de acordo com a Bíblia o mundo teria
em torno de seis mil anos), o homem continua matando, destruindo, devastando e se apossando dos bens uns dos outros? Por que será que
muitos continuam mentindo para si mesmo, e por conta dos seus interesses pessoais, continuam
traindo a sua fé, descumprindo suas
promessas e colocando o dinheiro, a fama
e o poder acima de todas as coisas?
Porque será que aprendemos a valorizar tanto as pessoas muitos
mais pelo que elas possuem e não pelo o que elas são? Até quando vamos alimentar uma fantasia de que podemos tudo, até comprar
o céu? Até quando essa fantasiosa e
enganadora teoria da prosperidade irá nos conduzir a caminhos da perdição, nos permitindo guiar por um falso
deus fisiologista, que nos traz riquezas conforme o tamanho da nossa contribuição material?
Será que, assim
como a estátua do Cristo Redentor está
voltada para os mais ricos, devemos acreditar que Deus
virou as costas para os mais humildes?
Para todos aqueles que acreditam que irão para o céu, eu gostaria de dizer o seguinte: se houver mesmo merecimento em algum de vós, não peçai para ir para o céu, pois o céu cuidará de vir sobre vós.
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