Sobre Destino
Sei que muitos acreditam que viemos a este
mundo com um destino traçado. Conduzidos pela intensidade do romantismo, muitos acreditam, por exemplo, que tudo o que acontece em nossas vidas se dá por conta de uma força chamada destino. Mas, quem já parou para pensar o que viria a ser exatamente o destino? Seria o destino uma criação de Deus?
Não creio que seja assim. Porque se fosse para ser dessa maneira, não haveria sentido algum as pregações de Jesus, pois todos já teriam suas histórias previamente escritas e nada do que fosse dito por Ele mudaria qualquer coisa na vida das pessoas.
Não acredito em destino porque a vida não é uma coisa estática, que se pode controlar ou medir com absoluta precisão. A nossa realidade é dinâmica e se aproxima muito mais do conceito de um jogo do que de uma aposta. Mas, o que difere a aposta de um jogo? Na aposta, o apostador apenas arrisca a sua sorte, e de maneira alguma ele consegue exercer qualquer influência para interferir no resultado. Se isso acontecer, o conceito de aposta estará sendo maculado. A mega- Sena é um exemplo de aposta, porque cada apostador escolhe os números aleatoriamente e fica apenas torcendo para que sejam os sorteados. Isto significa que devemos considerar as probabilidades de se alcançar os objetivos esperados, sem possibilidade de um agir. Numa aposta, o apostador não pode exercer qualquer mecanismo individual para interferir no resultado.
Não creio que seja assim. Porque se fosse para ser dessa maneira, não haveria sentido algum as pregações de Jesus, pois todos já teriam suas histórias previamente escritas e nada do que fosse dito por Ele mudaria qualquer coisa na vida das pessoas.
Não acredito em destino porque a vida não é uma coisa estática, que se pode controlar ou medir com absoluta precisão. A nossa realidade é dinâmica e se aproxima muito mais do conceito de um jogo do que de uma aposta. Mas, o que difere a aposta de um jogo? Na aposta, o apostador apenas arrisca a sua sorte, e de maneira alguma ele consegue exercer qualquer influência para interferir no resultado. Se isso acontecer, o conceito de aposta estará sendo maculado. A mega- Sena é um exemplo de aposta, porque cada apostador escolhe os números aleatoriamente e fica apenas torcendo para que sejam os sorteados. Isto significa que devemos considerar as probabilidades de se alcançar os objetivos esperados, sem possibilidade de um agir. Numa aposta, o apostador não pode exercer qualquer mecanismo individual para interferir no resultado.
No
jogo, no entanto, nós podemos agir de maneira a interferir no resultado. Podemos usar nossa força, nossa
inteligência e nossa coragem, a fim de alcançarmos o resultado almejado, mesmo que nem sempre isso aconteça. A nossa ação ou inação fazem a diferença. Neste sentido, a vida se aproxima muito mais de um jogo. E isso é o que a torna uma aventura tão emocionante,
porque a vida, muitas vezes, toma contornos
que vão além dos nossos domínios.
A bem da verdade, somos todos
dotados de limitações, de modo
que a
nossa capacidade de ação e de interferência na vida também são limitadas. Temos que ter
consciência de que não podemos tudo. Cada pessoa age e interfere na vida buscando
resultados que, muitas vezes, são antagônicos, isto é, alguns podem buscar resultados divergentes entre os membros
de um grupo, de acordo com os nossos interesses. Assim, nem sempre somos
atraídos pelo mesmo desejo de felicidade,
porque somos seres diferentes uns dos outros. Tudo vai depender da personalidade, do caráter e dos
valores que agregamos ao longo do tempo.
Enfim, acredito que a vida seja feita de possibilidades, onde cada um interage conforme as circunstâncias que o envolve, dentro das alternativas que se apresentam em cada momento. Em tudo o que acontece existem várias possibilidades, dependendo das variáveis envolvidas em cada fenômeno. A vida de cada um de nós representa um desses fenômenos da natureza e, portanto, passível das probabilidades de ocorrências e das variáveis ao longo do tempo. Tomamos nossas decisões e fazemos nossas escolhas conforme o nosso conceito íntimo de felicidade.
Enfim, acredito que a vida seja feita de possibilidades, onde cada um interage conforme as circunstâncias que o envolve, dentro das alternativas que se apresentam em cada momento. Em tudo o que acontece existem várias possibilidades, dependendo das variáveis envolvidas em cada fenômeno. A vida de cada um de nós representa um desses fenômenos da natureza e, portanto, passível das probabilidades de ocorrências e das variáveis ao longo do tempo. Tomamos nossas decisões e fazemos nossas escolhas conforme o nosso conceito íntimo de felicidade.
No
entanto, alheia ao que muitos consideram destino, a vida segue numa dialética
caracterizada pela ação e reação, surgindo sempre,por conta disso, duas vertentes que se contrapõem entre si: o bom e o ruim, o bem e o mal, o azarado e o sortudo, o feliz e o
infeliz, o abençoado e o amaldiçoado, etc. Até que
surge uma terceira corrente conciliadora, que possibilita a harmonização
entre as teorias concorrentes e tudo
recomeça. Assim, surge o início de uma nova era, formada pela dialética do velho e do novo, do passado e do presente,
onde o futuro é o momento de revelação e
de conciliação com a verdade. Apenas para ilustrar, vamos imaginar, de início, uma mesa
retangular comprida, completamente lisa,
sem qualquer obstáculo. Em um dos lados da mesa, estão colocadas algumas folhas. Na outra ponta da mesa, algumas formigas famintas vão sendo colocadas paulatinamente. Será que cada formiga seguirá pelo
mesmo caminho até alcançar
as folhas que estão do outro lado da mesa? Será que a atitude de cada uma delas não poderão mudar, dependendo de determinadas ocorrências variáveis?
Agora, vamos
imaginar alguém utilizando as mãos
para exercer uma interferência capaz de mudar
o roteiro das formigas. Também aqui não haverá garantia de que elas seguirão pelo
mesmo caminho, sempre. Porque não há controle, mas possibilidades, inclusive,
de elas retornarem ao ponto de partida ou de não sair em de um determinado espaço.
Podemos imaginar, ainda, a colocação de alguns obstáculos, como um labirinto, por
exemplo, com várias possibilidades de
entrada e saída, dificultando a tarefa de
chegada até as folhas. Veremos que muitos detalhes irão exercer influência positiva ou negativa ao
longo do percurso de cada uma das formigas.Certamente veremos algumas chegarem mais rápido,outras irão demorar mais um pouco, outras sequer
conseguirão chegar. De modo que, no final da experiência, veremos que cada uma terá uma performance diferente.
Portanto,
a nossa vida é exatamente assim. Não existe
destino traçado para cada um, mas
variadas possibilidades, onde cada um de nós tem o livre arbítrio para fazermos nossas opções. É claro que muitos já
nascemos marcados por preconceitos, por
conta das influências hereditárias, problemas de saúde, cor da pele, beleza estética, a voz, as habilidades
manuais, as coisas que são valorizadas pela sociedade. Outros nascem beneficiados pela estrutura social injusta, construída há séculos, e podem levar uma certa
vantagem, mas não há a garantia de que não fracassarão. Muitos tomarão suas decisões sob profundo estado de influência alheia e mais tarde verão o quanto foram fracos e o quanto erraram.
Não creio que o universo se fundamenta na eterna luta do bem contra o mal e nem que as maldades deste mundo são exatamente frutos de anjos perversos, vindos de outros mundos, como muitos afirmam. Não me importa se você acredita ou não em destino. Porque antes de acreditar que tudo o que nos acontece é por conta do nosso destino, precisamos primeiro lutar muito, se quisermos vencer essa guerra inútil que travamos contra nós mesmos e contra nossos semelhantes, por causa da ganância, da inveja e do egoísmo.
Não creio que o universo se fundamenta na eterna luta do bem contra o mal e nem que as maldades deste mundo são exatamente frutos de anjos perversos, vindos de outros mundos, como muitos afirmam. Não me importa se você acredita ou não em destino. Porque antes de acreditar que tudo o que nos acontece é por conta do nosso destino, precisamos primeiro lutar muito, se quisermos vencer essa guerra inútil que travamos contra nós mesmos e contra nossos semelhantes, por causa da ganância, da inveja e do egoísmo.
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