As duas realidades da mente
Na semana passada, o assunto abordado foi exatamente sobre as trevas, um mundo obscuro, em torno do qual construímos várias divagações em oposição ao conceito de luz. Consideramos, então, a luz advinda da própria
divindade celestial, um mundo onde convivem os
seres superiores, que lutam em favor do bem. Assim é que
entendemos que tudo o que é de
luz é de Deus. Já a escuridão das trevas representa um mundo onde as criaturas subterrâneas,
malignas, dominadas pelo capeta, convivem em profundo e eterno estado de
aflição em uma busca constante de aumentar
o seu regimento. Luz e treva,
neste sentido, são completamente antagônicos entre si.
Existem algumas religiões que acreditam e pregam, inclusive, a crença em espíritos de luz, entidades que estariam a serviço do bem, nos auxiliando no constante combate contra as forças do mal, oriundos exatamente do mundo das trevas. Mas, porque será? Parece que a resposta é simples, mas acho que não é bem assim. Afinal, onde estariam mesmo essas tais criaturas do mal vindas das trevas? Em que parte do universo teriam guarida? Será que estariam em sua forma etérea vagando por aí, na escuridão apenas para criar diversos conflitos nas almas bondosas e cheias de luz como muitos se julgam? Ou será que as almas perdidas não estariam todas dentro de cada um nós mesmos? Quem sabe não estariam agindo através de nossas mentes e conduzindo as nossas vontades?
Existem algumas religiões que acreditam e pregam, inclusive, a crença em espíritos de luz, entidades que estariam a serviço do bem, nos auxiliando no constante combate contra as forças do mal, oriundos exatamente do mundo das trevas. Mas, porque será? Parece que a resposta é simples, mas acho que não é bem assim. Afinal, onde estariam mesmo essas tais criaturas do mal vindas das trevas? Em que parte do universo teriam guarida? Será que estariam em sua forma etérea vagando por aí, na escuridão apenas para criar diversos conflitos nas almas bondosas e cheias de luz como muitos se julgam? Ou será que as almas perdidas não estariam todas dentro de cada um nós mesmos? Quem sabe não estariam agindo através de nossas mentes e conduzindo as nossas vontades?
Como
todos sabem, o nosso cérebro é uma
máquina repleta de mistérios. O cérebro ainda
é um desafio muito grande para os cientistas do mundo inteiro. Há tantos
mistérios nessa massa encefálica que ainda não somos capazes de decifrar
nem a sua quinta parte. Ainda não compreendemos como os nossos
vários bilhões de neurônios
interagem entre si para nos possibilitar
esse estado de consciência que possuímos enquanto vivemos e, através
do qual, nos relacionamos com os demais
seres e com as coisas que nos envolvem.
Seja lá como for, uma
coisa é certa, o nosso cérebro precisa
ser alimentado de muita energia, antes
de se desenvolver, para que seja
capaz de conceber e reconhecer as diversas imagens e sensações que costumamos sentir, e com
isso poder concretizar todos os
comandos dotados de perenidade, que são fixados previamente em sua incrível memória.
Cada detalhe e cada imagem passam
a existir como um ser particularizado código dentro de uma complexa engrenagem, no
âmbito de nossa atividade cerebral. Há
exercícios psicológicos, encontrados
aqui mesmo na internet, onde
podemos perceber claramente que o nosso cérebro
pode ser induzido a
complementar e reconstituir uma
imagem produzida intencionalmente
com dados incompletos. O cérebro costuma fazer uso de sua memória visual e conseguimos preencher os espaços de modo a completar a imagem perfeitamente.
Criamos coisas e seres imaginários, porque somos dotados de
inúmeras possibilidades para desenvolver várias outras conexões a nível racional. É de maneira racional que concebemos
o mundo em que vivemos. Somos
definidos no formato, conforme a maneira
que alimentamos a memória do
nosso cérebro, o que nos possibilita
conviver nessa realidade. Para
isso, usamos ferramentas como os nossos
sentidos que detectam o mundo exterior e o transforma em
imagens. Dependendo da imagem que formamos, as reações se modificam dentro do nosso sistema
cerebral. Muitas vezes o paladar e o
olfato nos criam as sensações de desejo e de prazer, mas
normalmente os sentidos mais explorados e mais indutivos são mesmo
a visão e a audição. Portanto,
sugiro muita atenção e muito cuidado com esses dois sentidos.
Uma mera ilusão nos
cria uma falsa impressão da realidade porque muitas vezes partimos
de premissas falsas e, por consequência,
adotamos um comportamento e uma
tomada de atitude incorretos. Essas reações estão diretamente relacionadas com
a liberação de hormônios, que naturalmente são
produzidos e impulsionados pelas
diversas sensações captadas pelo nosso
cérebro. São as chamadas emoções, que dependendo de sua
intensidade, podem ser controladas ou
não. É o caso, por exemplo, de uma paixão avassaladora. Quando vemos ou
pensamos em alguém, uma série de substância são jogadas na nossa corrente
sanguínea nos induzindo a ir em busca da pessoa por quem estamos apaixonados.
Isso acontece , podemos dizer, no lado obscuro do nosso cérebro, onde dificilmente conseguimos controlar.
Diante
da necessidade de interagir com o mundo exterior, o cérebro se utiliza das ferramentas do nosso
sentido para trabalhar cada uma de nossas emoções, as quais foram
devidamente fixadas na memória do nosso
sistema nervoso central. Depois de ali serem instaladas, é quase impossível,
senão impossível retirá-las de lá. Seus efeitos
tendem a ser permanentes. São as influências causadas pela exteriorização dessas
emoções que nos definem como pessoa
e como seres em nosso meio social.
Somos caracterizados como indivíduos exatamente através dos nossos traços. São esses traços que nos modelam e nos definem como pessoa, e até a
maneira como enxergamos, compreendemos e interagimos
com o mundo em nossa volta são
originárias dessa parte do nosso sistema cerebral que se relaciona com a
definição de nossa própria personalidade.
Sobre esse ponto de vista, podemos afirmar que somos emoções
implantadas e concentradas em nosso sistema nervoso central
desde a nossa concepção.
Os
problemas emocionais e genéticos dos nossos antepassados também exercem as suas interferências e contribuem
muito na fixação de determinadas emoções
em nosso sistema nervoso central, as quais se perpetuam numa simbiose dotada de memória
hereditária de ambos ascendentes.
Por isso, precisamos conhecer os nossos antepassados para nos
conhecermos melhor, para termos
um maior controle sobre nossas emoções. Aliás, muitas doenças são causadas por causas de descontrole de nossas emoções.
Algumas são curadas por conta da fé exatamente pela melhora no controle de nossas emoções. Quem não conhece um ditado
popular que diz: “mente sã, corpo são”?
Antes
de nos dispersarmos nessa eterna discussão
da existência de um mundo de
luz e outro de escuridão
que, na verdade, são os lados de uma mesma moeda, isto é, tudo isso faz parte do mesmo universo em que vivemos, precisamos nos
conhecer melhor para podermos controlar as reações em nossas mentes
e, por conseguinte, as nossas emoções. Pois é na mente que se encontra o lado obscuro de cada um de
nós, uma parte escura que sempre nos leva a cometer os nossos
maiores desatinos. A cometer atos pelos
quais podemos nos arrepender depois e sermos condenados por causa deles. Simplesmente porque criamos e alimentamos o
nosso cérebro com falsas imagens
da realidade e passamos a defendê-la com nossa própria morte.
Portanto, meus amigos, cada mente precisa
compreender e ser capaz de separar as duas realidades deste mundo,
para
que possamos conceber uma conduta equilibrada entre ambas, buscando uma sabedoria capaz de controlar as
diversas intromissões enganosas do mundo em que vivemos, tão repleto de malícias e de
condutas humanas perversas que, muitas vezes, nos induz a
falsas interpretações e a tomadas de decisões, atitudes
e ações equivocadas. Não temas a escuridão nem nada que possa
advir dela, mas estejas sempre em constante estado de alerta. Ilumina-te. Deus Seja Louvado.
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