A felicidade e as leis universais
Não sei o que vem a ser a felicidade exatamente, mas acredito que, para a maioria das pessoas, ela esteja mesmo relacionada com alguma realização materialista. O que podemos afirmar, com plena certeza, é que, seja lá o que for, felicidade é algo imaterial, abstrato, porque ela depende de cada um de nós para se propagar. Na realidade, a felicidade se trata de um estado de espírito que depende de nossos sentidos. Dizemos, por exemplo, que estamos felizes quando temos uma sensação prazerosa, uma vitória pessoal, um sentimento sublime que nos envolve, e que normalmente conseguimos identificar a sua causa. A felicidade normalmente vem acompanhada por uma emoção que ultrapassa os limites dos nossos corpos e do nosso controle. Por instantes, começamos a enxergar o mundo de uma forma tão positivamente bela, que as coisas ruins parecem não fazer nenhum sentido para a vida. A felicidade passa a representar a própria razão da existência, fruto da criação divina.. E por ela lutamos tanto para que permaneça em nossa vida para sempre.
Mas, eu
gostaria de abrir um pequeno parêntese nesse momento para dizer que tudo o que existe obedece a um ciclo.
Inclusive a felicidade. Quanto a essa
realidade, não há nada que possamos
fazer para mudar, pois as leis do universo foram estabelecidas há bilhões de
anos, bem antes da nossa existência. Portanto, se a felicidade existe, ela
necessariamente deve obedecer a um ciclo universal. Isso significa que se há o ciclo
da alegria, também haverá o ciclo da tristeza. Devemos ter
a consciência de que também haverá
um ciclo da infelicidade. Isso significa que, por mais conquistas pessoais que
possamos alcançar neste mundo, por mais realizados que possamos nos sentir, as
emoções que direta ou indiretamente estão relacionadas a esses fatos, não
permanecerão indefinidamente, porque ela não é uma lei universal. Essas sim, permanecerão
para sempre.
A lei gravitacional, por exemplo, é uma das forças mais importantes que existem desde a origem do
universo. Sem ela, o mundo como o concebemos simplesmente não seria possível. É a força da gravidade que mantém os
astros em constante movimento em suas galáxias. Não sabemos de onde ela vem, mas temos certeza que ela existe e foi criada
por um Poder fundamental. Assim, se a humanidade quiser sobreviver, precisa aprender
a se adaptar o quanto antes e conviver
não só com lei da gravidade, mas com muitas outras grandezas universais.
Hoje sabemos que estamos envolvidos por minusculas partículas invisíveis, dotadas de energias positivas e negativas, que se atritam e se propagam pelo espaço, e
por instantes podem ionizar nossos corpos também. Por sermos seres magnetizados e bons
condutores de eletricidade, normalmente atraímos essas partículas ionizadas pela
força gravitacional exercida pela massa
dos nossos corpos físicos. Isso pode nos causar,
temporariamente, sensações estranhas diante das descargas elétricas nas quais
estamos envolvidos. Passamos e recebemos energias diariamente e nem percebemos
que convivemos diariamente no meio de cargas elétricas em torno de nós. Atraímos e repelimos
corpos que nos rodeiam constantemente. Não adianta amuletos nem ficar em baixo de
casas piramidais. Estamos convivendo nessa interação como matérias cósmicas de que também somos. Não há razão para ter medo, pois tudo isso faz parte da nossa própria natureza
e podemos compensar o desequilíbrio em
contato com a própria terra. Caminhar descalço por algum tempo é bom. O
contato com as árvores, as plantas ou através
de um bom banho de mar. Existem tantas
outras maneiras de alcançar a estabilização.
Mas, e o que isso tudo tem a ver com o assunto sobre a felicidade?
Tudo isso foi abordado apenas para dizer que cada
um de nós irá, em algumas oportunidades, passar por momentos bons e por momentos ruins ao longo de nossas vidas. É uma
ilusão pensar que alguém aqui está imune ou tem algum poder para impedir essa
realidade elementar do universo. É como os dias de inverno e de verão. Não há
força humana capaz de modificar esses fenômenos da natureza. Portanto, fique atento, pois haverá sempre
momentos de idas e vindas. De frio e de calor, de noites e de dias,
de luz e de escuridão. Claro que nossos atos podem nos trazer consequências desagradáveis.
Mas isso está em conformidade com a regra da causa e do efeito,
que também é universal.
Lamentavelmente,
ainda existe muita gente que alimenta superstições sem sentido. Há uma
verdadeira paranoia de preocupações com
um mundo sobrenatural. De repente
passamos a desconfiar de tudo e de todos. Até mesmo dos nossos melhores amigos. Todos passam
a ser vistos como vilões e
invejosos, que só querem a nossa
desgraça. Não confiamos mais em ninguém. Muita gente prefere acreditar naquilo que dizem os horóscopos e procuram agir
exatamente como são orientados. Outros preferem
acreditar em pessoas dotadas de
má-fé, que dizem por aí que possuem
poderes sobrenaturais para fazer e
acontecer. Não sei porque essas pessoas não
fazem chover no sertão, principalmente, nessas horas tão difíceis que o povo sertanejo
está passando. Muitos criam a infelicidade, fomentando a inimizade, a desconfiança e a discoidia e afastam as pessoas umas das
outras. Por falta de conhecimento, o homem se isola cada vez mais.
Antes de buscar a
felicidade, busquemos a paz interior. Somente através da verdadeira paz e com o apoio daqueles que nos amam poderemos compreender o sentido da
felicidade. Não há nenhuma razão para
temer nada. Pois está escrito que:
aquele que crê no poder do Senhor, e apenas no poder do Senhor, ainda que morra, viverá. Portanto, cheguei à conclusão de que para ser
feliz é preciso, antes, encontrar a
verdadeira paz do Senhor Jesus.
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