Um menino vendendo balas

Um menino na rua

Uma criança  vendendo balas

Em seu rosto,  a  velha chupeta
Revela sua pouca idade.

Quem será esse menino?
De onde terá vindo?

Um menino vendendo balas
Poucos  enxergam  a dor em sua alma.

Não é meu filho
Não sei  de quem é.

É apenas uma criança entre tantas outras. 
Vendendo balas.

Perambulando  pelas ruas
Sem proteção

Em busca de afeto e pão.
Sem um  lar e sem  esperança.

Um menino vendendo balas
Quantos se comovem  e compram?

Quantos o  consideram seu  irmão?
Lanço-lhe um olhar de ternura

E o menino se assusta.
Dou-lhe uma moeda

E  ele sorri  desconfiado.
Por  que será?

Um menino  deitado na calçada
Adormece  sobre  a falta de consciência humana.

Dizem: não tenho  culpa. A culpa é do Governo.
Mas,  e se de repente o amor  deixasse  de ser uma  lenda

Exaltada  nas pregações religiosas
Quem sabe a indiferença não viraria compaixão

E todos  a tratariam  simplesmente como  um filho de Deus.
E  essa criança  vendendo balas pelas ruas

Estaria numa escola 
E teria uma chance  de  viver com  dignidade.

 

 

 

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