As Influências Religiosas - Parte II
Bem antes da vinda de Jesus,
o homem já alimentava a ilusão de que nascemos e morremos para depois retornarmos a este planeta, muitas e muitas vezes, em corpos diferentes, para viver histórias e vidas
em épocas diferentes. E tudo
isso seria fundado apenas no princípio da evolução espiritual. É a chamada lei
do karma onde, através de um processo conhecido como reencarnação, muitos
acreditam que morrerão e depois voltarão a esse planeta em novos corpos físicos, a fim de que as
pessoas seguidoras do mal possam ter
a chance
de resgatar os erros cometidos em
vidas anteriores, o que chamam de expiação. Colocam palavras na boca do Senhor, sem que
Ele jamais as tenha dito. Interpretam determinadas situações, incultindo crenças enganosas nas mentes das pessoas, ainda que conflitem
com a lógica.
“Desde os primórdios, os homens acreditavam que os
fenômenos naturais, como por exemplo, as trevas, o calor, o frio, a vida
e a morte, eram controlados por deuses e espíritos. Segundo suas crenças, esses espíritos eram capazes de
habitar as rochas, as árvores ou os rios, sendo que cada um deles possuía uma
função diferente do outro. Os crédulos acreditavam receber sua benevolência por
meio de oferendas, como: canções, danças, sacrifícios e magia.
Ao analisarmos a história das civilizações antigas, como as do Egito, China, Grécia e Roma, percebemos que estas eram politeístas, ou seja,
possuíam vários deuses, que, em sua grande maioria, eram temidos por seus adoradores, que
sempre se
esforçavam para não os ofender ou irritar. Sacerdotes, especialmente treinados para
interpretar a vontade divina, ensinavam ao povo como viver conforme a vontade dos deuses e
também como homenageá-los. Esta atividade permitia que os sacerdotes obtivessem
um grande poder.
A idéia de uma força superior às demais, como o deus Sol, a deusa Lua, Zeus ou Odin, formou uma fé comum a muitos povos; contudo, foram os hebreus (e depois os judeus) que
introduziram a crença num único Ser Supremo (Jeová), criador de todo o
Universo. Posteriormente surgiu o Cristianismo, onde a partir
dos ensinamentos de Jesus Cristo, Filho de Deus, conforme se
encontra escrito no Novo
Testamento, o homem conhece o Evangelho. A religião cristã baseia-se no amor
ao próximo. ” (www.suapesquisa.com/)
Como disse antes, não tenho nenhum compromisso específico com qualquer
forma de opressão ou teoria
religiosa. Apenas com a verdade. Porque
se a vingança é um prato que se come frio, como dizem por aí, a verdade é um
prato que se engole quente mesmo. Porque não há como alterá-la. Ainda que a verdade seja omitida por algum tempo, em
algum lugar, um dia será encontrada e
revelada ao povo.
“A doutrina da reencarnação, que consiste em
admitir para o homem muitas existências sucessivas, é a única que corresponde à
idéia da justiça de Deus com respeito aos homens de condição moral inferior; a
única que pode explicar o nosso futuro e fundamentar as nossas esperanças, pois
oferece-nos o meio de resgatarmos os nossos erros através de novas provas. A
razão assim nos diz, e é o que os Espíritos ensinam”. (Kardec, 1995, pergunta
171).
Devo lembrar que na época em que Jesus viveu, existiam aproximadamente trezentos milhões de pessoas em todo o
pleneta. Passados pouco mais de dois mil
anos, como todos sabem, temos
atualmente mais de sete bilhões de pessoas. Parece até o milagre da
multiplicação dos peixes realizado pelo Senhor.
Para aqueles que têm dificuldades
de entender, vou retonar à mesma passagem bíblica encontrada em Genesis. A Bíblia diz que Adão e Eva foram os primeiros habitantes do
planeta e que eles tiveram três filhos chamados Abel, Caim e, tempos depois, tiveram um terceiro filho chamado Sete.
“ Tornou Adão a conhecer sua mulher, e ela deu à luz um filho, a
quem pôs o nome de Sete; porque, disse ela, Deus me deu outro filho em lugar de
Abel; porquanto Caim o matou.” (
Genesis 4: 25).
Pois bem. Agora imagine que, de acordo com o princípio da reencarnação e da justiça divina, Adão e
Eva não poderiam ter filhos
exatamente porque não existiam
vidas passadas para eles. Isto é, simplesmente porque não haveria espíritos para
reencarnar nos filhos deles.
Desse ponto de vista, Eva teria que
engravidar e logo depois matar Adão para
que o seu espírito ( o de Adão ) reencarnasse
no feto ainda em seu ventre. Dá pra
perceber que não haveria como aumentar
tanto o número de habitantes nessa terra, de uma maneira
tão extraordinária, apenas
desencarnando e reencarnando. Por outro lado, será que Caim cometeu o
homicídio contra seu irmão porque esse era o seu karma? Sendo assim,
de onde teria vindo o karma de
Caim e de Abel, se eles ainda não tinham vida anterior ainda?
Aquela seria uma grande oportunidade para o espírito de Abel reencarnar em Sete, o terceiro filho, para que se fizesse justiça. No entanto, Caim se mudou daquele lugar e construiu uma nova família. Nesse caso, você acredita mesmo que há como resgatar a perda e a ausência de um filho? Como resgatar os momentos de convivência, o prazer de ensiná-lo, as trocas de experiências ao longo de suas vidas? Caim retirou a possibilidade de Abel poder viver junto com seus pais a realização dos seus sonhos. Como resgatar essas coisas apenas reencarnando, depois de esquecer de tudo o que se passou, para viver uma outra vida, numa outra realidade? A condição humana não tem noção do que seja justiça divina. Simplesmente porque ela não conhece e não pratica a verdadeira justiça. Não sabe o que é justo do ponto de vista de Deus.
Aquela seria uma grande oportunidade para o espírito de Abel reencarnar em Sete, o terceiro filho, para que se fizesse justiça. No entanto, Caim se mudou daquele lugar e construiu uma nova família. Nesse caso, você acredita mesmo que há como resgatar a perda e a ausência de um filho? Como resgatar os momentos de convivência, o prazer de ensiná-lo, as trocas de experiências ao longo de suas vidas? Caim retirou a possibilidade de Abel poder viver junto com seus pais a realização dos seus sonhos. Como resgatar essas coisas apenas reencarnando, depois de esquecer de tudo o que se passou, para viver uma outra vida, numa outra realidade? A condição humana não tem noção do que seja justiça divina. Simplesmente porque ela não conhece e não pratica a verdadeira justiça. Não sabe o que é justo do ponto de vista de Deus.
E o que dizer
do espermatozoide e do óvulo?
Será que não dá pra perceber que já
existe uma energia consciente neles? Será que o papel deles é casual? Apenas
condicionamento para construir um corpo humano que receberá
uma entidade espíritual vinda de algum outro lugar? Então,
por que não evoluimos logo em forma de espírito mesmo, se tudo isso
foi feito para essas entidades espituais
evoluirem? E o que dizer do nosso Sol e de tantas outras estrelas? Será
que as partículas de poeira presentes no
universo, que deram origem a vida e
que estão presentes na constituição
desses astros, fizeram tudo isso apenas para que eles recebessem alguma entidade espiritual,
depois? Ou será que cada uma dessas estrelas não são representações de energia
universal formada por partículas conscientes de seu dever estabelecido pela
criação divina? Sei que dirão: “há,
mais as estrelas são diferentes, não são a
mesma coisa”. Conversa pra boi
dormir.
Como já declarei nesse
blog: “Seu espírito é você mesmo”. Você tem o dom de produzir
e reproduzir a energia que fará
parte da grandeza desse universo. Somos
multiplicadores, partícipes de toda essa
estrutura universal. É esse o
verdadeiro sentido da expressão deixada lá no início: “ deu a luz a seu filho
Enoque” Dar a luz representa muito mais
do que simplesmente gerar uma criança física para um espírito já pronto se
apossar do seu corpo. Dar luz significa
não somente possibilitar o desenvolvimento natural do organismo humano, mas,
principalmente, depositar nesse ser a energia com vida em espírito. Apenas a
título de ilustração, se acendermos uma tocha numa chama original, podemos
levá-la a lugares distantes e acender outras tochas com ela, sem que haja
necessidade de recorrer à chama original. Depois de acessa, cada tocha estará habilitada
a se multiplicar em centenas, milhares, milhões ou bilhões de vezes, espalhando o fogo
por todos os lugares. Mas não deixará de conter os princípios básicos da chama inicial. Porém, devemos acender ou "dar a luz" antes que a
nossa tocha se apague. Tudo está em nossas mãos. Podemos manter esse processo ou
simplesmente interrompê-lo.
As relações de desigualdades dessa terra nada tem a ver com karma.
Elas são consequências das
nossas próprias escolhas e dos erros cometidos pelos próprios seres
humanos, ao longo de sua existência. Não foi
Deus que concebeu essa estrutura social iníqua,
eivada de sofrimentos e de
injustiças, apenas para que os espíritos
encarnem e desencarnem sucessivas vezes, e se tornem criaturas
melhores. Evoluídos, como professam
os espíritas. Ao longo dos
séculos, a população mundial aumentou
bastante e os conflitos estão cada vez piores. A esperança, cada vez mais
longe. Evoluímos apenas os mecanismos científicos que nos oferecem alguma
espécie de conforto físico e tratamentos médicos caríssimos. Mas, e quanto às
pessoas? Qual a diferença entre aquele Caim bíblico e o homem moderno?
Tenho percebido que há uma
confusão entre os conceitos de reencarnação e de vidas passadas. Dentro da
teoria espírita esses dois conceitos são
equivocadamente tratados como sendo uma
única coisa. Se existe reencarnação é
porque existem vidas passadas e se
existem vidas passadas é porque existe a
reencarnação. Com todo o respeito aos estudiosos e mestres espíritas, quero
discordar dos senhores pois, para mim, reencarnação não se confunde com o conceito
de vidas passadas, e espero deixar isso berm claro no próximo encontro.
Se
alguérm tiver algum interesse em participar desse blog ou fazer alguma pergunta, tirar alguma dúvida, fique à vontade.
A sua participação será
sempre bem vinda e respeitada. Não precisa ter medo de dizer o que pensa, ainda que seja contraditório com os princípios que defendo aqui..
( Até o próximo final-de-
semana). Com a graça do Senhor.
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