Os valores de Deus
Podem mudar todas as constituíções e todas as leis que regulam as condutas da humanidade, mas, se o homem não mudar os valores contidos dentro de sua própria alma, isso de nada adiantará. Não há como melhorar os governos
sem que antes as pessoas se tornem melhores. Na verdade, não existem governos corruptos. O que existe são pessoas malévolas e corruptas ocupando cargos dentro dos governos, agindo conforme os valores estabelecidos e aspirados no meio da população.
De fato, o papel das Igrejas já não se confunde com o papel dos governos.
Contudo, o dever de educar o povo, de cuidar do povo e de
apaziguar os conflitos foi e sempre
será uma responsabilidade de todos e de todas as instituíções. É preciso que as pessoas saibam, e a
História está aí para comprovar, que o
protestantismo, por exemplo, teve origem com a ascensão da burguesia, uma nova classe
social economicamente próspera, a qual passou
a reivindicar mais poderes perante o Estado.
Daí, cresce e se valoriza o conceito de prosperidade individual defendido por alguns enganadores.
Com o seu crescimento, devido as riquezas
auferidas com o movimento do comércio, a classe burguesa, seguindo o mesmo exemplo de outras classes sociais, passou a
dar ênfase ao casamento apenas entre
os membros de sua classe, como uma garantia de que as riquezas e o patrimônio auferidos seriam sempre mantidos entre os seus membros. Hoje, várias religiões são expressões desses valores impregnados entre nós. Podemos perfeitamente verificar essa filosofia em relação a muitos
outros povos de classes sociais
diferentes. Os ricos buscam manter casamentos apenas entre aqueles que já são ricos; os crentes casam com crentes, e por aí vai. Os efeminados são, talvez, excluídos e criticados certamente porque não podem deixar herdeiros, garantindo, dessa forma,
a manutenção do patrimônio em sua classe. Isso é o que se
caracteriza como verdadeiras lutas de classe em função das questões patrimoniais
hereditárias que se perpetuou em nossa sociedade familiar, ao longo dos séculos. Dessa forma, podemos perceber como é difícil mudar os valores, a tempos impregnados em nosso meio social.
Vou usar a paixão que o povo sente pelo futebol, para ilustar o que foi dito. Imagine uma grande final de campeonato brasileiro, com o estádio completamente lotado, onde o árbitro sorteado para apitar o jogo o faz utilizando as regras previamente estabelecidas pelos organizadores do campeonato. O árbitro só poderá e deverá fazer aquilo que estiver previamente estabelecido dentro dessas regras estabelecidas pelos organizadores do campeonato. Do contrário, seu nome será execrado, ele será banido e não será mais escalado para apitar nenhuma outra partida.
Vou usar a paixão que o povo sente pelo futebol, para ilustar o que foi dito. Imagine uma grande final de campeonato brasileiro, com o estádio completamente lotado, onde o árbitro sorteado para apitar o jogo o faz utilizando as regras previamente estabelecidas pelos organizadores do campeonato. O árbitro só poderá e deverá fazer aquilo que estiver previamente estabelecido dentro dessas regras estabelecidas pelos organizadores do campeonato. Do contrário, seu nome será execrado, ele será banido e não será mais escalado para apitar nenhuma outra partida.
Pois bem. Agora, imagine a
humanidade optando por uma determinada
forma de organização social, como a nossa, por exemplo: o Estado- uma
organização social que cria e nos impõe regras de condutas, sob diversos
fundamentos (vários deles são de origem
religiosa ), em nome das quais
muitas maldades e injustiças
foram e continuam sendo cometidas.
Nesse nosso campeonato social, organizado pelo Estado, também alimentamos
diversas formas de competição e disputas, ao invés de união e
solidariedade. Tudo parece funcionar exatamente como um árbitro no futebol, onde devemos agir de
acordo com as regras previamente estabelecidas, onde Deus para ser bom mesmo
só deve aparecer quando for solicitado e
não deve apitar onde não for chamado. Por essa razão, muitos pedem riquezas,
bens materiais, cargos políticos, muito dinheiro, tirar na loteria. Muitos desejam conquistar status, exatamente porque são
essas coisas que tem valor neste modelo social que adotamos e no qual convivemos ao longo de
nossa história. Por isso mesmo, nós nos adaptamos a ele e, reconheço que é muito
difícil qualquer cogitação de mudança, pois o egoísmo parece ter-se instalado
definitivamente em nossos corações e em nossas almas.
Contudo, jamais devemos nos esquecer, meus amigos, que
Deus tem seus próprios princípios e seus valores aos quais não se submetem jamais às normas criadas pelos homens. O homem, sim,
é que precisa entender que para entrar
no reino de Deus deve aceitar e cumprir
verdadeiramente as regras estabelecidads
pelo Senhor, e não o contrário.
Não podemos continuar querendo que Deus participe de nossa sociedade como se Ele fosse apenas um árbitro ou aquele gênio da lâmpada maravilhosa de Aladin, que nos sirva conforme as regras previamente estabelecidas por nós mesmos.
A humanidade é que deve reconsiderar suas leis egoistas, preconceituosas e separatistas e repensar uma forma de relacionamento com Deus e com o seu próximo, conforme a verdadeira vontade do Todo-Poderoso.
Não podemos continuar querendo que Deus participe de nossa sociedade como se Ele fosse apenas um árbitro ou aquele gênio da lâmpada maravilhosa de Aladin, que nos sirva conforme as regras previamente estabelecidas por nós mesmos.
A humanidade é que deve reconsiderar suas leis egoistas, preconceituosas e separatistas e repensar uma forma de relacionamento com Deus e com o seu próximo, conforme a verdadeira vontade do Todo-Poderoso.
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