Por uma Escola Sócio-Familiar
Sei que cada um tem uma visão interessante sobre o papel da escola na sociedade. Mas, independente do conceito imposto pelo estado, creio que uma boa escola deve sempre se ver como uma caixa de ressonância social, por isso deve trabalhar em sincronia com as famílias
de cada aluno. Porque se a família é considerada a base social temos que a escola deve se ocupar para que essa base funcione em harmonia com um todo, onde a escola seja tida como uma instituição agregadora de valores fundamentais à convivência em sociedade.
Entendo que, mesmo em um estado laico como o nosso, não podemos considerar a escola como uma estrutura isolada, fora do contexto social em que estiver inserida. Infelizmente é um erro elementar muito praticado por aí e que precisa ser corrigido e eliminado. A escola deve ser tida como um patrimônio que pertence a todos, inclusive, aos alunos. A escola deve ser baseada no modelo que se apresente com mais engajamento social, procurando agir e interagir sempre como um elemento de harmonia familiar e social, fundada nos verdadeiros princípios democráticos que deverão buscar um conceito mais eficiente e eficaz sobre educação.
Seguindo esse pensar, temos que na base social temos uma organização concentrada em pais e filhos, denominada família. No entanto, sem querer alimentar qualquer interpretação preconceituosa nisso, quero destacar aqui apenas o modelo tradicional de família, considerando que os filhos são seres que precisam aprender, uma vez que ainda são pessoas em desenvolvimento. Nas outras formas de constituição familiar, normalmente encontramos apenas pessoas já desenvolvidas, com opiniões formadas e costumes bem definidos.
Entendo que, mesmo em um estado laico como o nosso, não podemos considerar a escola como uma estrutura isolada, fora do contexto social em que estiver inserida. Infelizmente é um erro elementar muito praticado por aí e que precisa ser corrigido e eliminado. A escola deve ser tida como um patrimônio que pertence a todos, inclusive, aos alunos. A escola deve ser baseada no modelo que se apresente com mais engajamento social, procurando agir e interagir sempre como um elemento de harmonia familiar e social, fundada nos verdadeiros princípios democráticos que deverão buscar um conceito mais eficiente e eficaz sobre educação.
Seguindo esse pensar, temos que na base social temos uma organização concentrada em pais e filhos, denominada família. No entanto, sem querer alimentar qualquer interpretação preconceituosa nisso, quero destacar aqui apenas o modelo tradicional de família, considerando que os filhos são seres que precisam aprender, uma vez que ainda são pessoas em desenvolvimento. Nas outras formas de constituição familiar, normalmente encontramos apenas pessoas já desenvolvidas, com opiniões formadas e costumes bem definidos.
Sabemos que muitos professores vão para sala de aula com um compromisso apenas de ensinar a sua matéria, sem se ocuparem com os aspectos
relacionados à humanidade e aos conflitos inerentes a cada pessoa humana em desenvolvimento. Se o aluno se interessar pela sua aula,
melhor para ele. Senão, dane-se. Mas, o professor deve sempre pensar e agir como cidadão forjador de futuros cidadãos, conscientes dos seus
direitos e deveres e preparados para interagir e conviver em sociedade. Pois, fora dos muros da escola, cada aluno será como tantos outros anônimos que encontramos por aí, tendo que conviver com regras iguais para todos.
O verdadeiro educador não é só o professor em sala de aula, porque um educador deve ter, antes de tudo, um compromisso muito
além dos muros escolar. Ele precisa se preocupar muito mais em desenvolver e trabalhar o conceito de cidadania e de
respeito recíproco entre as pessoas e os povos, levando-se em consideração as diferentes raças, etnias, religiões e preferências sexuais. E, portanto, as religiões devem exercer um papel mais harmonioso e menos beligerante do ponto
de vista doutrinário, buscando assim um
engajamento filosófico para a construção ou reconstrução de uma sociedade melhor, mais
humana e mais tolerante.
A escola, considerada aqui como formadora de cidadãos do futuro,
deve servir de exemplo, sabendo conviver com todas as formas de diferenças, procurando respeitar
o direito de expressão do pensamento, ainda que esse esteja em conflito com
o pensamento da maioria. Dessa forma, a minoria dissidente também saberá respeitar as diversidades
de opiniões. É com esse pensar que vejo
com bons olhos a presença de todas as
religiões nas escolas, de maneira mais eletiva,
sem cobranças como disciplina, mas como forma de levar a todos o conhecimento sobre sua história e
suas doutrinas. Não deve haver, no estado que se diz laico, a predominância de
uma religião sobre as outras. Afinal, todas são iguais perante a lei. O que
deve prevalecer é o conhecimento e a liberdade de escolha de cada um.
Por outro lado, a escola não
pode querer cair como um pára-quedas na vida dos alunos, pessoas em
desenvolvimento, e achar que tudo vai correr às mil maravilhas. É preciso lembrar,
sempre, que o aluno entra na escola já
com muitos valores impregnados , desde sua mais tenra idade, pelos ensinamentos impostos pelos seus pais e
parentes. Os ensinamentos dos
pais são considerados os corretos para ela, pois os pais é que sabem
das coisas e querem o melhor para os seus filhos. Assim, as atitudes dos pais
normalmente são copiadas e levadas para as relações com os demais colegas
da escola.
Muitos alunos se
comportam de maneira agressiva, não respeitando colegas e professores, falam sempre palavras de baixo calão, demonstram falta de
atenção na matéria , entre outros vícios adquiridos no seio familiar. Afinal, a escola é vista como uma obrigação,
uma cobrança, uma imposição vertical e
não como uma estrutura agregadora e preparadora de cidadãos que irão conviver em grupos mais amplos que a estrutura familiar. São como células se agrupando em órgãos para manterem o organismo maior com saúde, trazendo benefícios para toda a coletividade.
Diante da constatação dessa
realidade, a escola tem dois caminhos alternativos a trilhar:
a) a indiferença diante dessa
realidade. Neste caso, cabe imputar a culpa e a responsabilidade
aos pais
e ao governo por tudo o que
acontece e prosseguir com o seu projeto de ensinar o teorema de Pitágoras e a extrair a raiz
quadrada de determinado número e ponto
final.
b) reagir positivamente e procurar maneiras alternativas e mais eficientes para
lidar com essa realidade repleta de hostilidade, na medida em que se projeta a realidade do ambiente escolar para além dos limites dos
seus muros.
. Contudo, não sejamos ingênuos. Todos sabemos que esse não é um trabalho muito fácil,
principalmente por conta dos vícios de comportamento, de condutas já eivadas de modernismos exacerbados responsáveis pela formação de grupinhos
isolados, capazes de criarem um universos paralelo a todas uma realidade pouco convidativa. Trata-se de um trabalho desafiador, que exige um maior compromisso, e dedicação do estado, dos professores e das famílias, muito estudo e participação por parte de todos.
É preciso se ter a consciência de que esse trabalho, a partir de uma instituição
escolar, exige muito mais que simples
exposição de matérias impostas pelo Ministério da Educação. Há de se ter um olhar a partir da realidade familiar e econômica de cada aluno, sua exposição ao crime e muita solidadriedade perante aqueles que mais necessitam.
Assim, o educador deve estar sempre preparado não somente para ensinar suas matérias, mas, principalmente, para se renovar e interagir com sua turma, trocando experiências com os demais docentes a fim de que todos possam debater sobre cada acontecimento em sala de aula, buscando, juntos com os alunos e suas famílias, encontrar soluções para os conflitos que sempre acontecem no dia a dia do ano letivo. Por uma escola sócio-familiar.
Assim, o educador deve estar sempre preparado não somente para ensinar suas matérias, mas, principalmente, para se renovar e interagir com sua turma, trocando experiências com os demais docentes a fim de que todos possam debater sobre cada acontecimento em sala de aula, buscando, juntos com os alunos e suas famílias, encontrar soluções para os conflitos que sempre acontecem no dia a dia do ano letivo. Por uma escola sócio-familiar.
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