- Por que você se considera um cristão se não tem religião?




            Sabemos que depois da morte de Jesus, o cristianismo tomou diversos rumos. Mesmo as pregações realizadas pelos seus apóstolos pareciam constraditórias,  pois seguiam linhas  interpretativas diferentes e muitas delas, inclusive, mantinham uma certa divergência  entre si, certamente  por conta da vaidade ou porque  houve de uma certa forma, a tentativa de tornar Jesus um fruto da história do povo hebreu.  
           Eu particularmente não enxergo  Jesus  como propriedade e senhor de nenhuma religião ou povo. Eu  tomo como base a  linha que  foi  determinada por Ele,  qual seja,  “Ide e pregai o Evangelho a toda criatura”.  Ora,  Jesus não disse , por exemplo, ide e pregai a Bíblia a toda a criatura. Ele não mandou pregar a Bíblia, ou “Palavra de Deus” , como muitos tentam  nos convencer, por aí.  Basta procurar nos dicionários o verdadeiro significado  e sentido da palavra  “Evangelho”  para não restar a menor dúvida sobre o que estou dizendo. 

       - Muitos  afirmam  que Jesus sequer existiu e que, na verdade,  tudo não passa de uma farsa. O que você tem a dizer sobre isso?
        
             Como disse antes, sigo uma linha interpretativa dos fatos  de uma maneira muito  especial,  diferente  daquelas seguidas  pela maioria dos que se  intitulam  cristãos, pois muitos se dizem cristãos quando nem sabe verdadeiramente o que isso significa.  Contudo, devo lembrar  mais uma vez, que ninguém está obrigado a  dar crédito às coisa que eu falo ou escrevo aqui.
              Mas, considerando as minhas experiências de vida e em conformidade com tudo o quanto já li a esse respeito, alheio a tudo o quanto possa existir  em função do fanatismo, consciente de minhas faculdades mentais, não tenho nenhum medo de revelar a minha conclusão sobre esse assunto: existiu  mesmo um homem chamado Jesus.  Ele  se trata daquela mesma pessoa,  protagonista  dos fatos narrados  nos evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João.  
         - Mas, dizem que os Evangelhos só foram escritos  entre quarenta a setenta anos  depois da morte de Jesus. Não haveria a possibilidade de muita alteração da  verdade real?
           Se for pra pensar que tudo aconteceu  exatamente da maneira como se conta,  eu diria que sim. É possível que tenha existido a interferência do homem  na distorção de fatos que poderiam revelar as mentiras do passado, o que  poria em risco à manutenção no poder.  É mais do que evidente que  para obter o poder e o controle sobre as outras pessoas, o homem já deixou claro,  por diversas vezes,  do que é capaz de fazer para isso.  Não há limites para quem deseja alcançar o poder.  Basta  verificar a história das lutas humanas pelo poder.
             Apenas para ilustrar, vamos imaginar se a verdadeira história fosse  seguinte: sabemos que era costume naquela época, a presença de um escriba para manter os registros dos acontecimentos. No Egito antigo, por exemplo,  os escribas tinham a função de escrever sobre a vida dos faraós. Entre outras coisas, eles também registravam a cobrança de impostos e copiavam textos sagrados.  Por falar em Egito, quem não se lembra da fuga da sagrada  família para lá?  
             Podemos concluir que, desde o seu nascimento, Jesus mantinha uma relação amistosa  com o Egito de onde certamente  aprendera muita coisa, entre elas, a importância de se ter um escriba ao seu lado para registrar a sua própria história. Talvez,  por conta disso,  ela só começara a partir dos seus trinta anos de idade.  O problema é que a pessoa escolhida  para essa tarefa  tão cobiçada não  seria do agrado da maioria dos apóstolos,   pois se tratava de pessoa  do sexo feminino. Aliás, uma mulher que teve, inclusive, o privilégio de ser  uma das primeiras  a  ver Jesus após o terceiro dia de sua morte.
             Não seria  de nada absurdo concluir que depois da morte do Mestre, o texto escrito por ela tivesse sido  escondido e somente  muitos anos depois encontrado. A sociedade machista da época explicaria o fato de as informações  ali contidas terem  sido copiadas ( isso explicaria as coincidências entre os evangelhos sinóticos)  e reconhecida  a autoria  a pessoas do sexo masculino para que os fatos narrados fossem devidamente  aceitos e respeitados, diante de uma sociedade eivada de  preconceitos.
             Apesar de tudo não passar de  um fruto da minha imaginação, hoje tudo parece simples, afinal a mulher conquistou seu espaço e dignidade em nossa sociedade preconceituosa. Contudo, sem querer ofender ninguém, imagine você que se diz um  cristão fervoroso, que ama Jesus acima de tudo,  imagine se tudo acontecesse hoje, se Jesus escolhesse não uma mulher, mas uma pessoa  homossexual para exercer a referida função de escriba,  responda com a verdade  de sua alma, como você reagiria? Você continuaria com o mesmo amor por Ele?

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