Você sabe o que é nascer do espírito?


                      Como já disse antes, é inegável que nesta vida todos nós passamos por momentos bons e  ruins.  Em muitos casos, por razões que prefiro não  explicitar neste momento, algumas pessoas se contentam em responsabilizar   seres  de outros mundos  pelas coisas ruins que acontecem  com elas.  Não são poucos os que,  não só  acreditam, mas vivem obcecados com a ideia  de  criaturas invisíveis que, em forma de energias negativas, vivem agindo,   de maneira sorrateira,  apenas para nos causar dor e sofrimento.  São criaturas  invejosas vindas da escuridão com o objetivo maior de  criar um abismo entre  o homem e o seu Criador, numa  incessante  busca de destruir  a humanidade e lavá-la à perdição.  Conta -se a história  do famoso anjo caído que, por causa de sua  desobediência a Deus, veio para este planeta a fim  de confundir  todas as criaturas, induzindo-as à prática do mal.   Bom, essa é uma maneira de interpretar os textos bíblicos que,  sinceramente,  também prefiro  não  tecer comentários agora.  Contudo,  gostaria de dizer  que respeito muito  aqueles que acreditam nessa versão, mas creio no universo do bem. E só do bem.  Creio que o universo é infinitamente grandioso para  que eu resuma a minha vida  em torno dessa infâmia.

                     O ser humano se recusa a reconhecer os seus próprios instintos perversos e isso não ajuda em nada. Reconhecer os nossos erros representa o primeiro passo para que tenhamos coragem de aceitar o tratamento  que nos conduza  na direção  daquilo que é correto e verdadeiro.  Sabemos, por exemplo,  que  os raios existem e como eles ocorrem.  E sabemos que não é  porque muitos deles caem  na cabeça das pessoas, ou porque  podem causar  enormes destruições nesse mundo que os raios são  oriundos do mal. Assim, sem querer contrariar ou convencer ninguém com as minhas teorias aparentemente absurdas, pretendo  exercer o direito de  expressar  os  meus contundentes  pensamentos a respeito de  alguns  assuntos polêmicos,  como este  ao qual me referi sobre o anjo caído.   Porque, de uma certa maneira, a  nossa mente nos possibilita  viajar pra bem longe e,  algumas vezes, nos deparamos com temas que nos desafiam e nos convidam a fazer  uma profunda e salutar  reflexão sobre eles.  E é exatamente por  isso  que quero  convidá-lo, caro leitor,  a refletir junto  comigo.
                   Segundo  as palavras de Jesus em João, capítulo 3,  versículo 6, existem duas maneiras de se  nascer:  uma,   através da carne,  e outra através do espírito. Podemos concluir, então,  primeiro que nascemos,  e segundo  que  nascer significa adquirir consciência  plena dentro do universo no qual se vive. ( para mim  o universo é constituído  por muitos e muitos planos e céus ). Mas, vamos lá.  Se nascemos apenas  da carne, isso  significa que  somos carne e vivemos como e para a carne.  E todos sabemos como  a carne é frágil e como ela   pode facilmente ser destruída. Se existir mesmo  algum mal com a deliberada  intenção de destruir a nossa carne, certamente  não encontrará  nenhuma dificuldade para isso,  pois neste aspecto,  somos todos absolutamente vulneráveis. Pois nascemos e vivemos para a carne. Não há um só santo nessa terra que, de uma maneira ou de outra,  não viva para a carne. Mas, onde está exatamente a nossa vulnerabilidade?
                   Quem conhece um pouco  sobre as  guerras,  sabem que os inimigos  beligerantes  normalmente costumam estudar as fraquezas dos seus adversários e procuram antes criar estratégias de ataques, cujo objetivo não é outro senão destruir  e vencer a resistência dos seus oponentes.  Normalmente não se gasta munição com coisas inúteis. Coisas que não ofereçam qualquer possibilidade de  perigo ou resistência.  Isto é um fato a ser considerado. Porque se o  tal anjo caído  fosse  inteligente e poderoso o bastante como muitos acreditam,  e quisesse  mesmo destruir  todas as criaturas de Deus, não encontraria muita dificuldade para isso. Por outro lado, se  a tal criatura fosse mesmo tão poderosa, ao ponto de desafiar  Deus, ela  começaria por atacar as  estruturas  basilares  de sustentação deste universo, que é a força  gravitacional.  Essa é a  energia que possibilita  o milagre pelo qual os planetas permanecem  girando em torno sol em nossa via láctea. Sem essa energia, o universo entraria em  ruína e todas as  galáxias  seriam  aniquiladas  rapidamente.
                  Acho que isso  atingiria o poder de Deus.  Considerando o fato de que a carne morre por si mesma  sem que haja necessidade  de ninguém  mexer um dedo sequer, pois  de uma forma ou de outra,  com o tempo,   todos  os seres vivos envelhecem,   até que vem  a completa falência dos órgãos vitais e eles  morrem. Toda a carne já está absolutamente condenada à morte. Não há vida para a carne. Mesmo assim, ainda que o tal anjo caído  destruísse todos os seres humanos  da face da terra, aliás, diga-se de passagem, um dos menores planetas existentes no universo, ainda assim,  Deus continuaria sendo Deus e o universo permaneceria em toda a sua plenitude e grandeza.  E  Deus tem poder o suficiente  sobre o tempo para  reconstituir tudo outra vez. Senão,  Ele não seria Deus. Então, porque e para que o diabo iria se ocupar em nos destruir? Será  apenas por um desejo de  vingança?  Será que  ele iria gastar suas energias apenas  para destruir  a humanidade com o objetivo maior de atingir  o Senhor da criação para demonstrar a sua força? Fosse assim, teríamos duas grandes  forças disputando o controle das mentes humanas. Eu prefiro acreditar que a única ameaça real contra a humanidade são os próprios seres humanos. 
       Na verdade, a confusão  começa, meus amigos,  com a crença e a certeza  de que somos  todos filhos de Deus. E com isso,  acreditamos que  Deus  criou o mundo  para nosso deleite, para nossa felicidade e para nosso prazer. Como filhos que somos do Criador do universo,  temos direitos  sobre  essa terra.  As coisas estão aí para nos servir e para realizar os nossos desejos.  Afinal, Deus  criou tudo em função de nós. Por isso mesmo, temos o direito de usufruir dessas  dádivas. Temos o direito de viver. E não somente viver, mas viver com abundância e com fartura. Temos o direito de prosperar. Olhamos em nossa volta e vemos tanta beleza  na natureza que  nos envolve,   e pensamos:  como tudo é maravilhosamente belo!  Tudo feito para os seres humanos. Então, vamos usar e abusar desse paraíso.  E foi com esse pensamento  que a humanidade deu início  à sua própria  destruição. Pois destruindo o planeta estamos, inevitavelmente,  destruindo a nós  mesmos, e não forças ocultas nem anjos caídos do céu.
      Tudo nesse universo depende de energia para existir.  Grande parte da  energia  que necessitamos, obtemos através da ingestão de alimentos encontrados na natureza,  que são transformados  em energia dentro do  nosso organismo.  O próprio planeta nos oferece diversas  opções  de  alimentos  naturais dotados dessas energias. Há o suficiente para todos.  Mas, quem disse que isso é o bastante para o homem. O homem quer sempre mais e mais.   Não há  limites.   A humanidade não quer só se alimentar,  ela quer  sentir o prazer na comida. Nada de sofrimento.  Afinal, Deus criou o universo para  os seus filhos.    Acreditamos na teoria de que somente  o homem foi dotado de inteligência e que  por isso somos  criaturas   superiores  a todos os outros  animais. 
          De onde viria tanta inteligência senão de Deus.  Com esse pensamento, o homem tomou posse de todo o planeta, tomou  posse e privatizou vários territórios.  Ocupou  a maioria das áreas litorâneas, invadiu as praias com  suntuosas  mansões,  devastou florestas inteiras e destruiu o habitat  natural de vários animais silvestres por causa de sua ganância.  O homem lançou  seus esgotos venenosos nos rios e nas mares. Por causa de sua ganância, o homem também  criou os alimentos industrializados, poluiu o ar, as águas, contaminou  o solo,  as lavouras,  criou diversas doenças por causa da qualidade de vida que escolheu para si. Por essas  e outras razões, o homem sempre   pede a Deus para conseguir riquezas, posições sociais de destaque, fama, poderes, carros, apartamentos, casas, dinheiro, coisas que dão projeção e prazeres nessa vida. Muitos  fingem  uma humildade que, nu fundo,  não possuem. 
       Mas, um  dia, um Homem chamado Jesus, especialmente enviado  dos céus pelo Criador, contrariando várias crenças na época, veio a este mundo e nos deixou uma mensagem de esperança.  E não importam as mentiras que  criaram em torno dEle  apenas para satisfazer desejos egoísticos.  Jesus nos falou da possibilidade  de nascermos  do espírito, não da carne. Poucos o entenderam ou fingiram não entender. Os que entenderam,  percebendo o perigo para a manutenção dos seus interesses  escusos, distorceram o sentido verdadeiro de suas palavras,   pois isso mudaria tudo. Porque nascer do espírito não é simplesmente  seguir uma determinada religião  e  sentar no banco de um templo qualquer  todos os domingos para ouvir palestras.  Se toda a humanidade fizesse isso, o que você acha que mudaria verdadeiramente?  
      Para mim, nascer do espírito, meu irmão,  acaba com a lenda do diabo, pois o homem  não precisa temer  nada além de si mesmo.  Agora, cabe a você, caro leitor, refletir  profundamente  sobre o que  significa  “nascer do espírito.”  Peço-lhe que responda com sinceridade:  será que você realmente  compreendeu  a mensagem de Cristo  quando ele  disse que  “quem nasce da carne é carne e quem nasce do espírito é  espírito”?  Ou você acredita que muitos dos que se dizem cristãos  por aí   verdadeiramente nasceram do espírito e não da carne?




            

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