O jeito PT de governar


                 "O jeito PT de governar".   Esse sempre foi um dos slogans  utilizados nas propagandas do PT ( Partido dos Trabalhadores ) antes de chegar ao poder.  Numa época em que a economia do país andava  fragilizada e  dominada por uma grande inflação, que aumentava cada vez mais a distância entre as classes mais pobres e a dos mais ricos. O pais inteiro gritava por mudanças e o  partido dos trabalhadores  surgia, então, como uma proposta  alternativa de mudança  que, aos poucos, foi conquistando a confiança do povo brasileiro. Milhões de  brasileiros, assim como eu,  de origem humilde, que  sempre sonharam com um pais  melhor,  mais democrático e mais justo. Que sonharam com um pais  governado por pessoas competentes, que pudessem trazer uma transformação capaz de proporcionar melhores condições de vida para  todo o povo brasileiro.   Um pais  de pessoas  decentes  e éticas,  administrado por políticos honestos e  em condições de defender os menos favorecidos.  Enfim, um governo que consolidasse a democracia e a justiça social  através de uma política de melhor distribuição  da renda produzida.  
                  Muitos deram a sua vida  na luta pela  liberdade e pelo direito de  ver o pais  regido pela soberania popular.  Muita gente boa embarcou nesse sonho. Foram  poetas,  artistas famosos e intelectuais. Desde  classes mais elevadas  até a classe dos  operários. Parecia que existia mesmo  um grande projeto do bem para  salvar o país  contra o mal. Fizem-nos acreditar  que finalmente iriam realizar a  tão desejada e esperada  justiça social.  A gente acreditava que quando o Partido dos Trabalhadores ( PT ) chegasse ao poder, tudo seria diferente.  Por isso investimos tudo nesse ideal. Investimos nossas forças nesse projeto tão propagado.
                  Diante da pregação em defesa da ética,  as lideranças do partido dos trabalhadores nos fizeram acreditar que finalmente a corrupção, as desigualdades sociais, a fome, a miséria  e o desemprego  virariam coisas do passado. Quantas vezes debati com os opositores em defesa das lideranças  e das ideias petistas.  Quantas vezes  fiquei indignado com a postura conservadora de alguns colegas que insistiam em permanecer contra um projeto tão encantador.  Afinal, a mudança  para melhor sempre foi a palavra de ordem.
                  Durante vários anos, o partido dos Trabalhadores  apresentou propostas revolucionárias. Eram projetos onde o povo teria mais dignidade,  mais direitos e seria tratado como gente. Com uma educação melhor, com um atendimento melhor na saúde e com uma moradia mais digna.  O Partido dos Trabalhadores  nos venderam um sonho  de que a economia do país estaria a serviço do desenvolvimento e da  melhoria da qualidade de vida de todos os brasileiros.  
                   Foi  muito difícil. Mas, depois de vários anos, depois de tanta luta,  o Brasil  marginalizado finalmente conseguiu realizar o grande sonho: ver um operário, um homem do povo no exercício da  Presidência da  República.  Não poderia existir  felicidade maior.  Diante de tamanha insistência, a desconfiança e a insegurança deram lugar  à esperança. O  candidato do PT,  Luiz Inácio Lula da Silva, um nordestino pernambucano,  ganhou a eleição para Presidente do Brasil.  O senhor Luiz Inácio da Silva representava  a conquista de cada um dos  trabalhadores  sofridos desse país tão desigual . O mesmo povo tão sofrido e tão carente que vibrou de alegria,  chegando ao delírio de tanta  felicidade.  Com seus olhos incrédulos e com suas mãos calejadas  assistiu e aplaudiu a vitória  do ex-presidente Lula. Depois de tantas e tantas tentativas fracassadas. Depois de quase perder a esperança na  vitória,  o ex-  Presidente Lula  finalmente consegue  ganhar  a eleição.
                 Porém, bastaram alguns anos para que a esperança se transformasse em  frustração. O PT demonstrou a sua verdadeira vocação: a de corromper, de sensurar, de  praticar injustiças, de trair, de  manipular e de enganar as  pessoas que sempre estiveram na linha de frente da luta pelo crescimento desse partido. Enfim, o PT se revelou como um partido  simpatizante do autoritarismo  a partir de suas relações com ditadores conhecidos  pela comunidade internacional.  Foram tantas ameaças e  restrições aos direitos  fundamentais, aliás, direitos esses que eles sempre defenderam antes de chegar ao poder.
            O mensalão  representa apenas a ponta de um imenso iceberg que  permance submerso sobre um oceano de decepções. O impeachment oficial não veio. Mas, certamente, o social será julgado nas próximas eleições.  O povo será o juiz de toda essa  sórdida história.
               “Qualquer que seja o nome que se dê ao esquema, o que o PT fez, no primeiro mandato do governo Lula, foi comprar apoio parlamentar. E mesmo depois do escândalo, continuou comprando, mas de outra maneira. Em vez de pagamentos aos líderes dos partidos, foram entregues a eles ministérios com “porteira fechada”, assim como se fazia em governos anteriores. Portanto, em nada mudou a lógica de compra e venda do Congresso – o que mudou foi a natureza dos escândalos e a moeda usada pelos governantes”.  O que foi o mensalão (http://www.istoe.com.br/)
             "Foi, sem dúvida, o mais atrevido e escandaloso caso de corrupção e desvio de dinheiro público flagrado no Brasil."
Roberto Gurgel, procurador-geral da República
              “Os dirigentes do PT pareciam ter projeto de poder que culminava em dois objetivos, e isso se extrai do próprio depoimento de Delúbio Soares: expansão do próprio partido e formação da base aliada.”
Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal
 
         " O objetivo do mensalão era um projeto de poder quadrienalmente quadruplicado. Projeto de poder de continuísmo seco, raso. Golpe, portanto".
Ayres Britto, ministro do Supremo Tribunal Federal
 
                    “ Eu detesto esse pessoal. Esse povo acabou com a minha vida, me fez de um tamanho que eu não sou. O PT me fez de escudo, me usou como um boy de luxo. Mas eles se ferraram porque agora vai todo mundo para o ralo”. Palavras do senhor Marcos Valério. Revista  Veja-Pag. 64.Edição 2287-setembro de 2012.

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