As instituições e a credibilidade do povo

                       Pode  demorar alguns  séculos para que uma instituíção, criada pelos homens,  construa uma relação de confiança com o povo, na sociedade em que opera.  Contudo, a confiança  deve ser uma conquista permanente, pois  toda a sociedade corre diversos riscos, se o Estado tiver as suas instituições desacreditadas por irresponsabilidade daqueles  que as administra. 
                      Os motivos que levam à criação de órgãos e de  empresas públicas estão diretamente relacionados ao interesse da sociedade,  tendo em vista a construção e manutenção de  estruturas, cuja finalidade precípua deve convergir sempre para a satisfação das necessidades de toda a população.
                      O Estado, entidade maior e responsável pela prestação dos serviços públicos, não pode se furtar de seu mister em prestar serviços de qualidade,  à  luz dos princípios constitucionais vigentes, sob pena de responsabilidade, não só pelas ações praticadas pelos seus gestores, como também, por negligência, imprudência ou  por  omissões diante dos casos e fatos concretos que se insurgem diante de si.
          Além do que, diante da crescente demanda e da escassez de bens, dentro de uma dinâmica bastante complexa, o estado precisa eleger suas  prioridades,  inspirado no princípio do interesse público, respeitando sempre os direitos individuais e coletivos dos  indivíduos, de maneira que,  o povo, por mais leigo que seja, possa ter uma compreensão e um entendimento lógico, diante da razoabilidade das decisões tomadas  pela cúpula administrativa . O poder do estado não deve, por exemplo, tomar decisões fundadas em motivos egoísticos  ou espúrios, ainda que mascarados sob o manto da legalidade, pois  terá cometido um desvio de finalidade, que poderá colocar em risco a credibilidade nas instituíções públicas, como dito antes, fruto da dedicação, do esforço  e do trabalho árduo dos nossos antepassados,  ao longos de muitos anos. 
                       Esse é o caso  de instituíções  como os Tribunais de Justiça Estaduais, Tribunais de Justiça Federais e Tribunais Superiores e até mesmo do Supremo Tribunal Federal, cuja responsabilidade  de todos os seus membros torna-se ainda maior, pela  difícil missão jurisdicional, que  lhes impõe  o dever de tomar decisões corretas diante dos casos concretos a que  são chamados a resolver, mantendo, sempre, na mente do povo, a fé em uma justiça séria, honesta e isenta, consubstanciada através de decisões soberanas, fundadas no livre convencimento do julgador, o qual deve sempre emitir suas  decisões, de maneira imparcial, de tal sorte, que diante delas se curvem até aqueles  mais inconformados, por serem decisões oriundas de pessoas  dignas, que sabem honrar a toga que vestem,  sem se submeter a pressões ou  atender aos apelos de amigos ou superiores que, muitas, vezes,  inobstante reconhecerem o direito da parte contrária, apelam  de maneira sórdida, aproveitando-se da sua intimidade ou do cargo que ocupam, exercendo a influência  que possuem  nas diversas esferas de poder,  para  se imiscuirem no teor das decisões, principalmente quando sabem que a decisão deveria ser  favorável  ao outro litigante. Eles destroem os  sonhos de várias pessoas;   prejudicam de maneira desleal  a parte adversária, cujo direito deveria ser reconhecido.  
                         Mas, que gente será essa? Que  pessoas são essas que dizem uma coisa e praticam outra?  Que poder seria esse que tanto se comenta dentro da nossa Administração pública?   
              Isto já foi dito antes:  Somente Deus é  Poder e tem capacidade o bastante  para fazer acontecer a verdadeira Justiça, punindo o pecado da soberba, da arrogância e da prepotência. 
           Assim, a todos os iníquos, manipuladores do poder, eu gostaria de lembrar-lhes  os versículos bíblicos,  com palavras do Senhor Jesus,  que se encontram na Bíblia,  em Mateus, capítulo 23, versículos de  1 ao 39, cujo teor trago seguir, a fim de que todos  façamos  uma profunda reflexão sobre os nossos  atos:
1-      Então falou Jesus às multidões e aos seus discípulos, dizendo:
2-      Na cadeira de Moisés se assentam os escribas e fariseus.
3-      Portanto, tudo o que vos disserem, isso fazei e observai; mas não façais conforme as suas obras; porque dizem e não praticam.
4-      Pois atam fardos pesados e difíceis de suportar, e os põem aos ombros dos homens; mas eles mesmos nem com o dedo querem movê-los.
5-      Todas as suas obras fazem a fim de serem vistos pelos homens; pois alargam os seus filactérios, e aumentam as franjas dos seus mantos;
6-      Gostam do primeiro lugar nos banquetes, das primeiras cadeiras nas sinagogas,
7-      Das saudações nas praças, e de serem chamados pelos homens: Rabi.
8-      Vós, porém, não queirais ser chamados Rabi, porque um só é o vosso Mestre, e todos vós sois irmãos.
9-      E  a ninguém sobre a terra chameis vosso pai; porque um só é o vosso Pai, aquele que está nos céus.
10-  Nem queirais ser chamados guias; porque um só é o vosso Guia, que é o Cristo.
11-  Mas o maior dentre vós há de ser vosso servo.
12-  Qualquer, pois, que a si mesmo se exaltar, será humilhado; e qualquer que a si mesmo se humilhar, será exaltado.
13-  Mas  ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque fechais aos homens o reino dos céus; pois nem vós entrais, nem aos que entrariam permitis entrar.
14-  Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque devorais as casas das viúvas e sob pretexto fazeis longas orações; por isso recebereis maior condenação.
15-  Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque percorreis o mar e a terra para fazer um prosélito; e, depois de o terdes feito, o tornais duas vezes mais filho do
Inferno do que vós.
16-  Ai de vós, guias cegos! Que dizeis: quem jurar pelo ouro do santuário, esse fica obrigado ao que jurou.
17-  Insensatos e cegos! Pois, qual é o maior; o ouro,  ou o santuário que santifica o ouro?
18-  E: quem jurar pelo altar, isso nada é; mas quem jurar pela oferta que  está sobre o altar, esse fica obrigado ao que jurou.
19-  Cegos! Pois qual é o maior: a oferta, ou o altar que santifica a oferta?
20-  Portanto, quem jurar pelo altar jura por ele e por tudo o quanto sobre ele está.
21-  E quem jura pelo santuário, jura por ele e por aquele que nele habita;
22-  E quem jurar pelo céu jura pelo trono de Deus e por aquele que nele está assntado.
23-  Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, e tendes omitido o que há de mais importante na lei, a saber, a justiça, a misericódia e a fé; essas coisas, porém, deveis fazer, sem omitir aquelas.
24-   Guias cegos! Que coais um mosquito, e engolis um camelo.
25-  Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque limpais o exterior do copo e do prato, mas por dentro estão cheios de rapina e de intemperança.
26-  Fariseus cego! Limpa primeiro o interior do copo, para que também o exterior se torne limpo.
27-  Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque sois semelhantes aos sepúcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas por dentro estão cheios de ossos e de imundícia.
28-  Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e de iniquidade.
29-  Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque edificais os sepúcros dos profetas e adornais os monumentos dos justos,
30-   E dizeis: se tivéssemos vivido nos dias de nossos pais, não teríamos sido cúmplices no derramar o sague dos profetas.
31-  Assim, vós testemunhais  contra vós mesmos que sois filhos daqueles que mataram os profetas.
32-  Enchei vós, pois, a medida de vosos pais.
33-  Serpentes, raça de víboras! Como escapeis da condenação do inferno?
34-  Portanto, eis que eu vos envio profetas, sábios e escribas: e a uns deles matareis e crucificareis; e a outros os perseguireis de cidade em cidade;
35-  Para que sobre vós caia todo o sangue justo, que foi derramado sobre a terra, desde o sangue de Abel, o justo, até o sangue de Zacarias, filho de Baraquias, que mataste entre o santuário e o altar.
36-  Em verdade vos digo que todas essas coisas  hão de vir sobre esta geração.
37-  Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, apedrejas os que a ti são enviados! Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e não o quiseste!
38-  Eis aí abandonada vos é a vossa casa.
39-  Pois eu vos declaro que desde agora de modo nenhum me vereis, até que digais: Bendito aquele que vem em nome do Senhor.

 Nos dias de hoje,  em que cabeças cairiam essa carapuça?


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